Militantes de extrema-direita detidos em protesto contra casamento gay
Milhares de opositores ao casamento homossexual e defensores de uma visão tradicionalista da família manifestaram-se hoje em Paris, num desfile que juntou católicos e muçulmanos e que já originou detenções de militantes de extrema-direita.
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Mundo Paris
De acordo com a agência de notícias francesa AFP, a polícia já deteve 12 militantes de um grupo de extrema-direita, quando tentavam infiltrar-se no desfile.
As detenções ocorrem uma semana depois da manifestação de 26 de janeiro contra o presidente François Hollande -- que provocou 19 polícias feridos e 226 detenções -, que levou o ministro da Administração Interna, Manuel Valls, a advertir que não seriam tolerados quaisquer excessos por parte dos manifestantes.
Os protestos contra o casamento homossexual de hoje estenderam-se a toda a França, com os manifestantes a saírem à rua sobretudo na cidade de Lyon, indicou a AFP.
"Hollande, não queremos a tua lei", gritavam os manifestantes que, ao início da tarde, desfilavam no centro de Paris.
Para Abdel e Said Ahmet, dois pais de família argelinos que afirmaram partilhar "valores comuns" com os católicos, "é à família que cabe a educação sexual, e não ao Governo".
Os organizadores da manifestação de hoje pediram na sexta-feira o "fim imediato" de uma experiência em curso em algumas escolas que, alegam, se destina a promover o que apelidam de "teoria de género", e que se traduz na negação das diferenças entre géneros e na promoção da homossexualidade.
Antes da manifestação, Valls alertou para o aparecimento de um "'Tea Party' à francesa", numa alusão ao 'Tea Party' norte-americano, saído das fileiras mais conservadores do Partido Republicano dos Estados Unidos.
O ministro francês apelou à "direita republicana" do seu país que "se demarque claramente" desse movimento.
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