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Ex-primeiros-ministros argelinos da era Bouteflika condenados a prisão

Um tribunal de Argel condenou hoje dois antigos primeiros-ministros argelinos do regime do ex-Presidente Abdelaziz Bouteflika, envolvidos num caso de corrupção e de nepotismo, com penas de entre 15 e 12 anos de prisão, divulgou uma fonte judicial.

Ex-primeiros-ministros argelinos da era Bouteflika condenados a prisão
Notícias ao Minuto

13:15 - 28/01/21 por Lusa

Mundo Bouteflika

Esta decisão confirma a sentença que foi proferida num primeiro julgamento realizado em dezembro de 2019 e que foi alvo de recurso por parte da defesa dos dois antigos primeiros-ministros da Argélia, Ahmed Ouyahia e Abdelmalek Sellal.

Este novo julgamento teve início em 09 de janeiro, após o Supremo Tribunal argelino ter aceitado um recurso dos antigos representantes políticos.

Ahmed Ouyahia e Abdelmalek Sellal foram acusados e julgados no âmbito de um caso de corrupção e de nepotismo que envolveu o setor de montagem de automóveis e o financiamento "oculto" da campanha eleitoral de Bouteflika (que esteve no poder 20 anos) em 2019.

A par dos dois antigos primeiros-ministros, este processo abrangeu mais de uma dezena de personalidades argelinas, incluindo ex-ministros, empresários e altos funcionários governamentais.

Entre estas figuras consta o antigo líder do patronato argelino, Ali Haddad, que viu a sua pena reduzida de sete para quatro anos de prisão.

Dois outros empresários, Ahmed Mazouz e Hassen Arbaoui, proprietários de fábricas de montagem de veículos, também foram condenados a quatro anos de prisão.

Este escândalo de corrupção resultou numa perda estimada para o Tesouro público argelino de mais de 128 mil milhões de dinares argelinos (cerca de 975 milhões de euros), de acordo com dados oficiais.

Após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) em 2013, Abdelaziz Bouteflika prosseguiu no cargo de Presidente profundamente debilitado até ser afastado do poder em abril de 2019 pelo 'Hirak', o movimento popular de massas que exigia uma mudança do "sistema" político no país magrebino.

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