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União Europeia prolonga missão civil no Mali até 2023

A União Europeia decidiu prolongar o mandato da missão civil no Mali (EUCAP Sahel Mali) até 31 de janeiro de 2023, consagrando-lhe um orçamento de 89 milhões de euros para os próximos dois anos, anunciou hoje o Conselho.

União Europeia prolonga missão civil no Mali até 2023
Notícias ao Minuto

13:25 - 11/01/21 por Lusa

Mundo Mali

Em comunicado, o Conselho da UE aponta que também decidiu "ajustar" o mandato desta missão, lançada há seis anos (janeiro de 2015), de modo a "melhorar a sua capacidade para assistir e aconselhar as forças de segurança interna do Mali, apoiando uma redistribuição gradual das autoridades administrativas civis do Mali para o centro do Mali".

"Além disso, os objetivos da Célula Regional de Assessoria e Coordenação foram adaptados para melhorar a cooperação e coordenação entre as estruturas do G5 Sahel e os países do G5 Sahel, bem como a regionalização da ação da Política Comum de Segurança e Defesa" da UE, acrescenta o Conselho.

A missão civil no Mali, com sede na capital Bamako, foi lançada em 15 de janeiro de 2015, na sequência de um pedido oficial das autoridades malianas, que solicitaram assistência às forças de segurança interna na sequência da crise que deixou várias partes do país sob o controlo de diferentes fações. A missão é liderada desde o passado dia 01 de janeiro pelo general francês Hervé Flahaut.

Outras duas missões da UE operam na região: a EUTM Mali, que contribui para a restruturação e a reorganização das Forças Armadas do Mali por meio de ações de formação e aconselhamento, e a EUCAP Sahel Níger, que apoia a luta contra a criminalidade organizada e o terrorismo no Níger.

O destacamento português no Mali é constituído por 65 militares, com um avião C-295, no âmbito da missão das Nações Unidas, e por 11 militares integrados na EUTM Mali.

A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.

Os fundamentalistas foram expulsos em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ao controlo estatal e são, na prática, geridas por grupos rebeldes armados.

De acordo com as Nações Unidas, mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.

Independente desde 1960, o Mali viveu, em 18 de agosto, o quarto golpe militar na sua história, afastando da Presidência Ibrahim Boubacar Keita, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.

O Mali faz fronteira a Norte com a Argélia, a Oeste com a Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Guiné, a Sul com a Costa do Marfim e Burkina Faso, e a Leste com o Níger.

Com quase 20 milhões de habitantes, mais de 60% dos quais com menos de 25 anos, este país francófono é o oitavo em área no continente africano.

Leia Também: Seis soldados franceses feridos no Mali num ataque suicida

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