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Macau cancela alerta de inundações, Governo diz que tufão é um "teste"

As autoridades de Macau cancelaram hoje o alerta de inundações, mas o Governo sublinhou que a passagem do tufão Nangka é um teste à proteção civil, o primeiro após a entrada do novo regime jurídico.

Macau cancela alerta de inundações, Governo diz que tufão é um "teste"
Notícias ao Minuto

06:11 - 13/10/20 por Lusa

Mundo Macau

O aviso azul de 'Storm Surge' (maré de tempestade) foi cancelado, mas mantém-se o sinal 8 de tufão, o terceiro mais elevado na escala de alertas, com o chefe do Executivo interino, André Cheong, a deslocar-se ao Centro de Operações de Protecção Civil e a salientar a importância das operações desde que o território entrou em estado de prevenção imediata.

Citado num comunicado, André Cheong lembrou que, "depois da entrada em vigor do novo Regime Jurídico de Proteção Civil, esta é a primeira mobilização da estrutura", pelo que "a reação à passagem do tufão vai servir como um verdadeiro teste ao funcionamento integral de toda a estrutura da Proteção Civil, e constituirá uma oportunidade para concentrar e acumular experiências, para que, no futuro, se consiga ainda uma melhor preparação e reação aos tufões e demais desafios severos".

As autoridades deram conta de três pequenos incidentes sem gravidade desde que foi emitido o sinal 8, às 07:30 (00:30 em Lisboa), tendo sido acolhidas 14 pessoas nos quatros centros de acolhimento de emergência abertos.

A atividades letiva nas escolas foi suspensa, assim como os transportes públicos. Vinte parques de estacionamento subterrâneo foram fechados e as seis operadoras de casino na capital mundial do jogo disponibilizaram mais de três mil lugares para os residentes deixarem as viaturas em segurança.

O tufão Nangka está a afastar-se de Macau, encontrando-se a cerca de 450 quilómetros, mas com a confluência de uma monção de nordeste continua a prever-se impacto no território.

Os Serviços de Saúde abriram de forma especial os centros de saúde de Tap Seac, Fai Chi Kei, Areia Preta, Ilha Verde, São Lourenço, Jardins do Oceano, Nossa Senhora do Carmo-Lago, o Posto de Saúde de Coloane e o Posto de Saúde Provisório de Seac Pai Van, para prestar apenas serviços de urgência.

Ficaram suspensos os serviços do Centro de Saúde do Porto Interior, do Centro de Exame Médico para Funcionários Públicos e do Centro de Prevenção e Tratamento de Tuberculose.

A circulação nas três pontes que ligam a península de Macau às ilhas e a ponte Flor de Lótus foi interrompida, tendo sido aberto o tabuleiro inferior da Ponte Sai Van.

Os SMG continuam a indicar que é baixa a possibilidade de subirem para 9 o nível de alerta de tempestade tropical.

A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, que são emitidos tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.

Para este ano, as autoridades de Macau disseram prever quatro a seis tempestades tropicais no território, algumas delas podendo mesmo "atingir o nível de tufão severo ou super tufão".

Desde 2017, dois tufões obrigaram as autoridades a emitir o alerta máximo. Em setembro de 2018, a passagem do tufão Mangkhut por Macau deixou prejuízos económicos diretos e indiretos no valor de 1,74 mil milhões de patacas (180 milhões de euros).

O Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território, onde o sinal máximo de tempestade tropical esteve içado várias horas. Ao todo, as autoridades retiraram 5.650 cidadãos das zonas baixas e 1.346 pessoas recorreram a centros de abrigo de emergência.

Um ano antes, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), apesar de se caracterizar pela mesma intensidade do Mangkhut, causou 10 mortos, 240 feridos e prejuízos avaliados em 12,55 mil milhões de patacas (1,32 mil milhões de euros).

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