Os confrontos ocorreram depois do líder do movimento Bundu Dia Kongo (BDK), que ambiciona a reconstrução do reino do Congo à imagem do que existiu no século XV, com um território de Angola até ao Gabão, ter sido hoje preso na sua residência, situada na zona alta de Kinshasa, após uma operação policial.

A Efe testemunhou pelo menos 10 corpos a serem retirados do local dos confrontos em carrinhas da polícia, após o porta-voz da polícia, Mwana Mputu, ter admitido mortes entre os apoiantes do Bundu Dia Congo, mas sem especificar números.

A polícia lançou a operação depois de, na quarta-feira, ter -se envolvido em confrontos com os apoiantes de Ne Muanda Nsemi, que causaram pelo menos 14 mortos.

A operação, que envolveu centenas de polícias e militares, levou à prisão de Nsemi, após outros dirigentes do BDK instalados na residência do líder se terem rendido.

Desde 13 de abril, mais de 20 pessoas, entre membros do movimento e polícias, morreram em três confrontos ao longo da estrada RN1, no Congo Central, província vizinha de Kinshasa.

A estrada é de vital importância porque liga Kinsahasa, cidade com mais de 10 milhões de habitantes, aos portos de Matadi e Moanda.

Nsemi, cujo nome verdadeiro é Zacharie Badiengila, fundou o BDK em 1969, e tornou-se deputado no país anos mais tarde, antes de ter sido preso em 2017, na sequência dos protestos contra o então presidente do país, Joseph Kabila.

O líder do BDK fugiu da prisão dois meses depois e reapareceu no ano passado em Kinshasa.

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