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Confrontos no Niger provocam a morte a quatro militares e 63 milicianos
Quatro militares nigerinos e 63 "terroristas" foram mortos na quinta-feira durante combates entre o exército e homens "pesadamente armados" na região de Tillabéri, perto do Mali, informou hoje à noite o governo local, em comunicado.
© iStock
Mundo Níger
"Cerca das 15:30, elementos das Forças Armadas nigerinas (FAN) tiveram um confronto com um grupo de terroristas pesadamente armados, que se deslocavam em vários veículos e motos. O balanço provisório é o seguinte: do lado amigo, quatro mortos e 19 feridos; do lado inimigo, 63 terroristas neutralizados (mortos)", segundo um comunicado do Ministério da Defesa do Níger, lido na televisão.
"Depois de um combate encarniçado", os soldados, "em missão no quadro da operação (antiterrorista) Almahaou" (Turbilhão, na língua local), colocaram os atacantes "em fuga" e recuperaram dezenas de motos, armas e vário material pertencente aos milicianos, segundo o texto que detalhou que os combates ocorreram "em Tamalaoulaou, no departamento de Abala, na região de Tillabéri".
Esta região está na zona das três fronteiras, na confluência entre Níger, Mali e Burkina.
A circulação das motos é proibida na zona, tanto de dia como de noite, desde janeiro, para controlar as incursões destas milícias, que operam geralmente apoiados nos velocípedes.
Segundo um balanço oficial, 174 soldados foram mortos em três ataques na região entre dezembro e janeiro, entre os quais um ocorrido em Chinégodar, que provocou 89 mortos, em 08 de janeiro de 2020, e outro em Inates, que causou 71 mortos, em 10 dezembro de 2019. Estes ataques foram reivindicados pelo grupo que se designa Estado Islâmico.
O conjunto do Sahel é afetado por este tipo de violências, frequentemente misturadas com conflitos intercomunitários, que já provocou quatro mil mortos no Mali, no Níger e no Burkina Faso em 2019, segundo a ONU.
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