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Guaidó diz que negociações com governo de Maduro são "impossíveis"

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, reconhecido por quase 60 países como presidente interino da Venezuela, considerou "impossíveis" novas negociações com o governo, apesar de uma delegação da Noruega, intermediário em diálogos anteriores, estar no país.

Guaidó diz que negociações com governo de Maduro são "impossíveis"
Notícias ao Minuto

06:50 - 12/01/20 por Lusa

Mundo Venezuela

"Não é que não queiramos uma negociação, é que a vemos como impossível, porque estes senhores (do governo) gozaram connosco vezes sem conta", disse este sábado o líder da oposição venezuelana numa reunião aberta da câmara municipal, em Caracas.

A própria equipa de comunicação de Guaidó informou na sexta-feira sobre a visita da delegação norueguesa, mas na altura recusou reabrir um processo de diálogo com o governo de Nicolas Maduro, presidente eleito da Venezuela, considerando que este "impediu qualquer solução negociada".

Guaidó reforçou que para os cidadãos é "evidente" que existem várias possibilidades de pôr fim à chamada revolução bolivariana, no poder desde 1999, e assegurou que o importante é "sair disto".

Quando questionado pelos jornalistas, declarou que "os mecanismos para superar a tragédia", que considera que a Venezuela está a viver, devem ser "com condições: respeitar o povo, respeitar a palavra".

"Temos sido muito claros de que as condições para qualquer tipo de farsa não estão criadas neste momento", disse, referindo-se a um possível diálogo.

Questionado sobre se teria havido "contacto direto" com o Governo, respondeu: "não".

O Centro Nacional de Comunicação (CNC) de Guaidó assegurou nesta sexta-feira, em comunicado no qual informava sobre a chegada da delegação norueguesa, que "o processo (de negociação) de Oslo-Barbados foi encerrado" e que, portanto, não iriam "participar de nenhuma reunião".

Guaidó anunciou em setembro passado a sua retirada do processo patrocinado pela Noruega, um mês e meio depois do executivo de Maduro ter feito o mesmo.

Maduro suspendeu as negociações com o argumento de que Guaidó "celebra, promove e apoia" as sanções do governo dos Estados Unidos contra funcionários executivos e empresas venezuelanas.

Entre setembro de 2017 e janeiro de 2018, o governo e a oposição sentaram-se pela primeira vez à mesa das negociações, na República Dominicana, embora as conversações não tenham dado frutos, e o chavismo, no poder acabou por convocar eleições, não reconhecidas por uma grande parte da comunidade internacional.

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