MP argelino pede pesadas penas de prisão para antigos líderes políticos
O Ministério Público argelino pediu, no domingo, pesadas penas de prisão para antigos líderes políticos, dois dos quais ex-primeiros-ministros, e empresários acusados de corrupção num julgamento sem precedentes na Argélia, segundo meios de comunicação social locais.
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Mundo Argélia
O Ministério Público pediu 20 anos de prisão contra dois primeiros-ministros do ex-presidente Adelaziz Bouteflika: Ahmed Ouyahia e Abdelmalek Sellal. Esta é a primeira vez desde a independência do país, em 1962, que antigos chefes do governo são julgados.
A mesma pena, de 20 anos de prisão, foi pedida, à revelia, para o antigo ministro da Indústria e das Minas Adeslam Bouchouareb que fugiu para o estrangeiro.
As outras penas pedidas vão de oito a 15 anos de prisão, para dois ex-ministros da Indústria, Mahdjoub Bedda e Youcef Yousfi.
O procurador exigiu ainda o arresto de todos os bens de todos os acusados e a emissão de um mandado de detenção internacional contra Adeslam Bouchouareb.
O veredito será conhecido na terça-feira, a dois dias das eleições presidenciais.
Ao falarem uma última vez antes de a sentença ser decretada, os réus clamaram a sua inocência.
Os réus foram processados por financiamento "oculto" da última campanha eleitoral de Adelaziz Bouterflika e por favorecimento na indústria automóvel, através de parcerias entre marcas estrangeiras e grandes grupos argelinos, propriedade de empresários ligados ao séquito do presidente deposto.
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