Presidente do Quénia tem de estar presente no seu julgamento
O presidente queniano, Uhuru Kenyatta, tem de estar presente no seu julgamento por crimes contra a humanidade e as exceções serão analisadas caso a caso, decidiu hoje o Tribunal Penal Internacional (TPI).
© Lusa
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"Como regra geral, Kenyatta deve estar presente no julgamento", indicou o TPI num comunicado.
"Todos os futuros pedidos para ser dispensado de assistir a partes do julgamento serão analisados caso a caso", adiantou.
O julgamento de Kenyatta, acusado de envolvimento na violência pós-eleitoral no Quénia em 2007-2008, que causou mais de 1.000 mortos e centenas de milhares de deslocados, deve iniciar-se a 05 de fevereiro.
A 18 de outubro, os juízes dispensaram o presidente do Quénia para que pudesse gerir as consequências do ataque em setembro a um centro comercial em Nairobi, que causou 67 mortos, e duas semanas mais tarde o tribunal adiou o início do julgamento.
Kenyatta, de 52 anos, eleito presidente em março, tem alegado que o julgamento na Holanda vai dificultar a sua gestão do país.
Os procuradores, no entanto, argumentam que a situação de Kenyatta é igual à do vice-presidente queniano, William Ruto, alvo das mesmas acusações e a quem foi ordenado o mês passado que estivesse presente no seu julgamento.
William Ruto, de 46 anos, é o primeiro alto dirigente em funções a ser julgado pelo TPI, tendo o seu julgamento tido início a 10 de setembro.
Ruto e Kenyatta, em campos opostos em 2007, foram eleitos numa lista comum nas últimas eleições presidenciais, em março, quando já tinham sido acusados pelo TPI.
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