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Resultados no País de Gales e Escócia cruciais para maioria dos Tories

Os resultados no País de Gales e na Escócia podem ser cruciais para o resultado das eleições legislativas britânicas de 12 de dezembro, nas quais o Partido Conservador procura uma maioria absoluta.

Resultados no País de Gales e Escócia cruciais para maioria dos Tories
Notícias ao Minuto

08:44 - 23/11/19 por Lusa

Mundo Eleições Reino Unido

No País de Gales, tradicionalmente dominado pelo Partido Trabalhista, mas onde 52,5% dos eleitores votaram a favor do Brexit no referendo de 2016, os Tories poderão desviar alguns votos para ganhar em círculos como Wrexham, Vale of Clwyd, Delyn, Clwyd South e Alyn & Deeside.

Uma sondagem promovida pela televisão ITV e da Universidade de Cardiff e divulgada no início do mês antecipou que os Conservadores consigam eleger mais nove deputados, somando 17, enquanto que o Labour poderá perder 10 e eleger apenas 18, o número mais reduzido de sempre, o que o académico Roger Awan-Scully descreve como "um terramoto eleitoral".

Segundo este professor de ciência política na Universidade de Cardiff, esta seria a primeira vez que os Trabalhistas não teriam uma maioria absoluta em termos dos 40 representantes na Câmara dos Comuns eleitos no País de Gales desde meados do século passado.

Um resultado destes seria "uma grande contribuição para dar uma maioria parlamentar a Boris Johnson", afirmou, o qual, apesar de ser pouco popular, não é tão mal visto como o líder da oposição, Jeremy Corbyn, segundo a mesma sondagem.

Menos impacto deverá ter a aliança anti-Brexit 'United to Remain', formada pelos Liberais Democratas, os nacionalistas galeses do Plaid Cymru e os Verdes, que concorrem juntos em onze círculos, e que se espera que consiga ganhar apenas mais um assento no parlamento em Westminster.

Na Escócia, é esperado um mau resultado para ambos os partidos, o que poderá condicionar a formação de governos minoritários, pois as sondagens apontam para um domínio do Partido Nacionalista Escocês (SNP) de Nicola Sturgeon.

Tal como no País de Gales, o Partido Trabalhista tem vindo a perder votos nesta região que dominou até 2015, quando perdeu 40 assentos de uma vez para o SNP, que está à frente do governo autónomo desde 2007.

Desta vez é o Partido Conservador que está mais vulnerável após a renúncia da popular Ruth Davidson à liderança do partido na Escócia, alegando razões pessoais mas sem esconder a incompatibilidade com Boris Johnson.

A Escócia votou expressivamente contra a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) em 2016, quando 62% rejeitaram o Brexit, muito acima da média nacional de 48%, e o SNP tem sido proeminente no bloqueio ao processo, fazendo campanha por um novo referendo ou o cancelamento do processo.

O primeiro-ministro está a fazer campanha para "resolver o Brexit e as sondagens nacionais são positivas, colocando as intenções de voto no partido Conservador em 44%, segundo um estudo da Ipsos Mori divulgado na quinta-feira, 12% à frente do 'Labour'.

Mas a divergência da opinião pública relativamente ao resto do país nesta questão deu novo alento ao movimento nacionalista encabeçado pelo SNP, que pretende realizar outra consulta sobre a independência até ao final do próximo ano.

Se o SNP recuperar alguns dos assentos que perdeu para os Tories em 2017, Boris Johnson terá de compensar a diferença noutras partes do país, nomeadamente no País de Gales ou em Inglaterra.

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