Crise migratória venezuelana em debate em Bruxelas na próxima semana
A União Europeia (UE), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional de Migração (OIM) organizam, na próxima semana, uma conferência sobre a crise migratória venezuelana, para exigir uma resposta "urgente e concertada".
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Mundo Venezuela
Realizada entre segunda e terça-feira na capital belga, em Bruxelas, a "Conferência Internacional de Solidariedade" vai contar com a presença de ministros e funcionários de alto nível da América Latina e das Caraíbas e representantes dos Estados-membros da UE, assim como responsáveis das agências das Nações Unidas, de organizações não-governamentais e de instituições financeiras internacionais e ainda com o setor privado e a sociedade civil.
O objetivo é definir "ações urgentes e concertadas para refugiados e migrantes venezuelanos", informa em comunicado hoje divulgado o Serviço Europeu para a Ação Externa.
Assim, a conferência servirá para manifestar a solidariedade da comunidade internacional, reafirmar os compromissos globais com os países e as comunidades anfitriãs e ainda promover uma resposta regional e uma maior cooperação técnica e financeira internacional, precisa.
"A dramática fuga de milhões de venezuelanos gerou uma das mais graves crises de deslocamento do mundo e a maior da história recente na região. Quase 80% dos aproximadamente 4,5 milhões de venezuelanos que deixaram o país continuam na América Latina ou no Caribe", acrescenta a estrutura liderada por Federica Mogherini.
Federica Mogherini é, inclusive, uma das organizadoras da conferência, juntamente com o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, e o diretor-geral da OIM, António Vitorino.
Citada pela nota de imprensa, Federica Mogherini vinca que "este é o momento para pedir mais apoio aos refugiados venezuelanos, aos migrantes e às comunidades anfitriãs", assim como para "aumentar a consciencialização sobre a gravidade desta crise".
Segundo a responsável, a UE é já o principal doador ao país, tendo disponibilizado mais de 170 milhões de euros desde 2018.
Também citado pelo comunicado, o diretor-geral da OIM, António Vitorino, salienta que a comunidade internacional tem de "dobrar [o apoio prestado] para garantir que a ajuda chega aos mais vulneráveis e aos que os apoiam".
Já o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, destaca a "forte mensagem" de apoio enviada aos migrantes venezuelanos.
A Venezuela atravessa uma crise política há vários meses, situação que se soma a uma grave crise económica e social que já levou cerca de quatro milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
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