Mais de mil mortes de migrantes no Mediterrâneo desde janeiro de 2019
As mortes de migrantes irregulares no Mediterrâneo totalizaram 1.071 nos primeiros dez meses deste ano, menos 55% do que no mesmo período de 2018, segundo dados apresentados hoje pela Organização Internacional das Migrações (OIM).
© Reuters
Mundo OIM
Em comunicado, aquela agência das Nações Unidas estima que 76.558 pessoas conseguiram contornar os perigos e chegar às zonas costeiras europeias, o que significa menos 13% do que no mesmo período de 2018.
A maioria dos migrantes chegou à Grécia (19.443 pessoas) e Espanha, o destino preferido de 41.321 pessoas nos primeiros dez meses de 2019.
A tendência é negativa para a Grécia, que viu as chegadas às suas praias aumentarem cerca de 70%, ao contrário do que acontece com a Espanha, com uma redução próxima dos 50%.
Apesar do número de mortos ter descido, a OIM alerta que as condições e os riscos para os migrantes estão a agravar.
"Embora o número total de mortes registadas em 2019 no Mediterrâneo central tenha diminuído, todos os dados disponíveis indicam que as condições para aqueles que embarcam nessas viagens estão a piorar. A taxa de mortalidade (o número de mortes em relação às tentativas de atravessar) aumentou, o que significa que o risco de morte durante a tentativa de atravessar o Mediterrâneo está a aumentar", alertou a OIM.
Segundo a organização, em 2019, uma em cada 28 pessoas que tentaram atravessar morreu e em 2018 a taxa de mortalidade foi de uma em cada 32 tentativas.
O Projeto 'Migrantes Desaparecidos', vinculado à OIM, faz seus cálculos com base nas mortes registadas, isto é, aquelas que são informadas e documentadas, e alerta que "muito mais mortes provavelmente ocorrem do que aquelas que são registadas".
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