Iémen: Irão urge Arábia Saudita a aceitar proposta de tréguas de rebeldes
O governo iraniano instou hoje a Arábia Saudita a aceitar a trégua proposta recentemente pelos rebeldes Huthis do Iémen, considerando que se trata de um "passo importante para restaurar a paz e a estabilidade na região".
© Reuters
Mundo Iémen
"Encorajamos o governo saudita a aceitar esta oferta e apoiamos qualquer medida para o estabelecimento do cessar-fogo e o fim da guerra cruel contra a nação iemenita", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abas Musavi, em comunicado.
O Irão, que apoia os rebeldes Huthis, reitera deste modo a proposta sobre a suspensão dos ataques com mísseis e aparelhos voadores não tripulados (drones) contra a Arábia Saudita.
Riade tem mostrado indiferença em relação à proposta de cessar-fogo dos Huthis e, por isso, Musavi lamentou que os sauditas "estejam ainda a tentar aumentar as chamas, bombardeando vários pontos do Iémen".
A trégua foi anunciada pouco depois de os Huthis terem reivindicado o ataque de dia 14 de setembro contra as instalações petrolíferas da Aramco, na Arábia Saudita.
A tensão tem-se intensificado com a Arábia Saudita e os Estados Unidos a responsabilizarem diretamente o Irão pelos ataques contra a petrolífera Aramco.
Há dois dias, os rebeldes Huthis anunciaram que nos últimos três meses, durante uma "grande operação", foram capturados dois mil soldados sauditas e iemenitas.
O governo do Iémen, reconhecido internacionalmente, qualificou a declaração sobre a suposta operação como "vitória imaginária".
No domingo, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohamad bin Salman, disse que os preços do petróleo podem aumentar se o mundo não atuar no sentido de "parar o Irão".
Mesmo assim apoia uma solução política como solução para o problema.
A guerra no Iémen começou em 2014 quando os Huthis tomaram Sanaa, provocando a formação de uma coligação militar internacional chefiada por Riade e que apoia o presidente "reconhecido pela comunidade internacional".
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