Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 17º

Separatistas do Iémen tomam novas posições ao governo

Mais de uma semana após terem assumido o controlo da cidade de Aden, as forças separatistas tomaram hoje dois quartéis-generais das tropas do governo na província de Abyane, aumentando a sua vantagem no sul do Iémen.

Separatistas do Iémen tomam novas posições ao governo
Notícias ao Minuto

17:15 - 20/08/19 por Lusa

Mundo Iémen

A operação, com a cedência pelo governo de novas posições, prolonga a ação militar em Aden, a grande cidade do sul, de onde os separatistas do Conselho de Transição do Sul (CTS) expulsaram as forças governamentais, das quais são aliados face aos rebeldes Huthis.

A ação ocorre também depois da retirada das forças do CTS de alguns edifícios públicos de Aden após uma mediação da Arábia Saudita, que conduz a coligação internacional contra os Huthis. As unidades dos separatistas não cederam as posições militares na cidade, sede do governo iemenita desde que a capital, Sanaa, foi ocupada pelos Huthis.

As forças favoráveis a uma independência do sul do Iémen controlam agora o quartel-general das forças especiais do governo em Zinjibar, capital da província de Abyane, e uma segunda caserna em Al-Kaud, na fronteira entre as províncias de Aden e Abyane.

Mohammed al-Marki, um comandante do CTS que participou na operação, afirmou à agência France Presse que as suas forças tinham "o controlo total" dos dois campos.

O governador da província de Abyane, Aboubakr Hussein, disse à AFP que os confrontos nos dois locais causaram quatro mortos, dois de cada lado, e 23 feridos.

Responsáveis do governo do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi condenaram as ações das forças separatistas.

"É uma escalada injustificada da parte das forças do CTS, que são apoiadas pelos Emirados Árabes Unidos", indignou-se o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammed al-Hadhrami, na rede social Twitter.

"Estes atos inaceitáveis vão fazer fracassar os esforços de mediação da Arábia Saudita", advertiu.

Os Emirados e a Arábia Saudita são os dois principais membros da coligação que luta contra os rebeldes xiitas Huthis desde março de 2015, mas Abu Dhabi apoia o CTS e os sauditas o governo de Hadi, que se exilou em Riade.

Os dois países têm insistido no diálogo entre as partes e a Arábia Saudita propôs-se acolher um encontro entre o governo iemenita e o CTS.

A guerra no Iémen, desencadeada em meados de 2014, causou dezenas de milhares de mortos, muitos dos quais civis, e a pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório