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Organização Open Arms resgata mais 39 pessoas no Mediterrâneo

O navio da organização não-governamental (ONG) espanhola Open Arms resgatou hoje mais 39 pessoas no mar Mediterrâneo, que se juntam aos 121 imigrantes que já estavam a bordo da embarcação, foi anunciado.

Organização Open Arms resgata mais 39 pessoas no Mediterrâneo
Notícias ao Minuto

17:39 - 10/08/19 por Lusa

Mundo Migrações

Os migrantes vão permanecer no navio até a ONG receber uma autorização para o desembarque.

Itália já tinha recusado receber o grupo e Malta apenas cedeu uma autorização para o desembarque das últimas 39 pessoas a serem resgatadas.

"Não podemos evacuar 39 pessoas e dizer aos restantes que têm de ficar", lamentou o fundador da Open Arms, Oscar Camps, citado pela Associated Press (AP).

Perante a recusa em desembarcar a totalidade dos imigrantes, a ONG comunicou às autoridades maltesas que o grupo "vai permanecer à espera" de uma solução definitiva, enquanto enfrenta "sérios problemas de segurança" e dificuldades em "manter a ordem no barco".

Em comunicado, o Governo de Malta disse que os restantes 121 migrantes foram resgatados numa área sobre a qual o país não tem responsabilidade.

"Malta apenas pode assumir a sua responsabilidade", vincou o executivo.

No passado domingo, a ONG já tinha pedido, urgentemente, um porto seguro para desembarcar os migrantes, depois da cidade espanhola de Valência se ter disponibilizado para os acolher.

"Mais uma noite a bordo e continuamos sem autorização para desembarcar as 121 pessoas que resgatámos. As suas histórias de vida são devastadoras. Ninguém devia passar por isso. É urgente e prioritário ter um porto seguro", denunciou, na altura, a Open Arms na rede social Twitter.

Um dia antes, o autarca de Valência disponibilizou o município para acolher os 121 migrantes, classificando a cidade como uma "cidade de acolhimento, aberta e com um dever ético e humano para com as pessoas que arriscam as suas vidas fugindo do terror, da guerra ou da miséria".

Joan Ribó referiu ainda que Valência iria pedir autorização ao Governo espanhol para abrir o porto da cidade ao navio da ONG espanhola.

Os 121 migrantes foram resgatados em duas operações distintas no Mediterrâneo, tendo num primeiro resgate sido salvas 55 pessoas, entre as quais dois bebés gémeos e uma mulher grávida, e num segundo, de noite, outras 69 pessoas, entre as quais duas crianças, duas mulheres grávidas e outra já em trabalho de parto.

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