No Sudão, forças de segurança agem contra doentes, médicos e hospitais
A Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciou hoje ações das forças de segurança contra doentes, pessoal médico e infraestruturas de saúde no Sudão, onde a repressão militar contra civis terá provocado mais de 100 mortes.
© Reuters
Mundo OMS
De acordo com a agência das Nações Unidas para a saúde, as forças de segurança estão a "fazer incursões nos hospitais de Cartum" obrigando a encerrar os serviços de emergência e saúde.
Numa declaração divulgada hoje, a OMS considera que "estas ações representam uma total e inaceitável violação da legislação internacional de direitos humanos" e devem "parar imediatamente".
De acordo com a organização, hospitais de campanha montados para tratar os manifestantes feridos foram incendiados, os equipamentos médicos vandalizados e os funcionários atacados.
Há ainda relatos de violações do pessoal de sexo feminino.
Os militares, que detêm o poder no Sudão, lançaram, na segunda-feira, uma operação para dispersar um acampamento de manifestantes que desde abril se mantinha em frente ao Quartel-General das Forças Armadas, em Cartum.
Uma organização de médicos sudaneses adiantou que 113 pessoas morreram nesta operação e em ações violentas ao longo da semana, mas o Governo assegura que as vítimas mortais são 61.
O Sudão vive desde dezembro uma revolução popular sem precedentes que conduziu à deposição, em abril, do Presidente Omar al-Bashir, substituído por um Conselho Militar Transitório.
Apesar da mudança, os manifestantes continuaram nas ruas, reclamando uma transferência de poder para os civis.
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