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Espanha: Cidadãos quer liderar o bloco de partidos de direita

O Cidadãos (direita-liberal) aposta tudo na possibilidade de liderar o bloco de partidos de direita, aproveitando a debilidade do Partido Popular (PP) que tenta conter a irrupção do Vox (extrema-direita), com quem recusa dialogar.

Espanha: Cidadãos quer liderar o bloco de partidos de direita
Notícias ao Minuto

09:39 - 14/04/19 por Lusa

Mundo Eleições

As sondagens indicam que vai ter dificuldade em descolar muito dos 13% que teve nas eleições legislativas anteriores de junho de 2016, mas o elevado número de indecisos, mais de 40%, dão-lhe algumas esperanças.

Os partidos de direita gostariam de repetir o que se passou em dezembro na Andaluzia, onde o PSOE ficou à frente, mas não conseguiu impedir a formação de um governo regional liderado pelo PP e com o apoio parlamentar do Vox (extrema-direita).

O Cidadãos é muito criticado pelos seus parceiros internacionais, nomeadamente o Em Marcha do Presidente francês Emmanuel Macron, por não se afastar determinantemente de um eventual pacto que inclua o a direita radical.

O Cidadãos -- Partido da Cidadania foi fundado em 2006 na Catalunha a partir de uma plataforma cívica formada inicialmente por 15 intelectuais, professores universitários e profissionais de diversos campos, que elegeu como presidente Albert Rivera, um advogado na altura com 26 anos, que continua a liderar a formação.

Este partido é, à direita, o que o Podemos significou, quase 10 anos mais tarde, para a esquerda: os dois põem em causa o sistema bipartidário formado historicamente pelo PP e pelo PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que acusam de ser corruptos e de estarem instalados no poder.

Assim como o PP e o Vox, defende a unidade de Espanha e critica duramente a política do Governo atual minoritário do PSOE de tentar "dialogar" e "estender pontes" com o executivo regional independentista catalão.

Para o Cidadãos não há diálogo possível com este Governo regional que acusa de continuar a defender a separação de Espanha e de utilizar os organismos públicos da comunidade autónoma para esse objetivo.

O partido, que em termos ideológicos não está muito distante do PSOE, anunciou antes da campanha eleitoral que não haverá qualquer possibilidade de uma coligação governativa pós-eleitoral com "este PSOE de Pedro Sánchez".

O professor de Direito da Universidade Europeia Jorge Sánchez defende que "seria natural" uma aproximação pós-eleitoral entre os dois partidos que têm posições idênticas em muitas áreas.

O Cidadãos foi o partido mais votado nas eleições de dezembro de 2017 na Catalunha, mas uma coligação de partidos independentistas de várias áreas políticas teve a maioria absoluta dos deputados da assembleia regional e continua a assegurar o Governo da região.

A muito mediática Inés Arrimada é a líder regional que ganhou essas eleições e que agora quer dar "o salto" para o Congresso dos Deputados (parlamento), em Madrid, sendo cabeça de lista do partido na província de Barcelona às eleições de 28 de abril.

O programa eleitoral do Cidadãos inclui uma série de medidas ao "centro" como uma redução de impostos para os trabalhadores independentes, o fim do imposto sucessório para a classe média e trabalhadora ou igualar a licença de paternidade à de maternidade.

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