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Human Rights Watch pede investigação a guerra contra drogas nas Filipinas

A Human Rights Watch (HRW) pediu hoje ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que investigue os homicídios cometidos na campanha contra as drogas nas Filipinas, após a retirada do país do Tribunal Penal Internacional (TPI).

Human Rights Watch pede investigação a guerra contra drogas nas Filipinas
Notícias ao Minuto

06:42 - 19/03/19 por Lusa

Mundo ONU

"Como membro do conselho, o país está obrigado a manter os mais altos padrões de direitos humanos, a cooperar plenamente e a aceitar um maior controlo", defendeu a diretora-adjunta do programa de justiça internacional da HRW, Param-Preet Singh.

No dia 17 de março de 2018, o Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, retirou o país do tratado que dá jurisdição ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar ações criminais no seu território - com a medida a ser efetiva a partir da mesma data do ano seguinte. A saída foi então oficializada no passado domingo.

O anúncio foi feito pouco depois de o TPI ter avisado que iria investigar o envolvimento de Rodrigo Duterte em ações de massacre e "crime contra a humanidade", na sequência da sua "guerra" aos traficantes de droga, que tem provocado a morte de vários milhares de pessoas.

A HRW alertou que a situação "é grave", uma vez que o número de mortes na sequência da campanha, que começou em julho de 2016, já ascendeu aos 27 mil, segundo dados compilados pelas Nações Unidas. O Governo de Duterte só reconhece cerca de cinco mil.

"Uma investigação liderada pela ONU poderia tornar públicos os esforços de Duterte para bloquear a justiça, aumentando a pressão sobre si e sobre o Governo, para que mudem de rumo", frisou a ONG.

Em setembro de 2016, Duterte comparou-se a Adolf Hitler e disse que se o ditador alemão tinha matado milhões de judeus, a missão dele era "matar os três milhões de traficantes de droga que há nas Filipinas".

A sua "guerra à droga" foi denunciada pelas Nações Unidas e valeu críticas severas por parte do então Presidente dos EUA, Barack Obama, a quem Duterte respondeu com obscenidades.

Já quando era autarca na cidade de Davao, entre 2013 e 2016, Duterte ficou conhecido como "o justiceiro", por defender esquadrões de morte para lutar contra o tráfico de droga.

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