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Cuba nega ingerência e participação de militares na Venezuela

O Governo cubano rejeitou hoje "de maneira categórica" as acusações de ingerência na Venezuela feitas pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América, Mike Pompeo, negando participação em operações armadas.

Cuba nega ingerência e participação de militares na Venezuela
Notícias ao Minuto

08:03 - 12/03/19 por Lusa

Mundo Polémica

O Governo cubano rejeitou "de maneira categórica a falsidade difundida" pelos Estados Unidos segundo a qual Cuba tem entre 20 mil a 25 mil militares na Venezuela, bem como "todas as insinuações de que existe algum nível de subordinação" entre os dois países.

Numa declaração, Havana sublinha que "não intervém nos assuntos internos da Venezuela, como a Venezuela não intervém nos de Cuba", apesar da forte aliança político-ideológica existente com Nicolás Maduro.

Além do mais "é totalmente falso que Cuba participe em operações das Forças Armadas bolivarianas, ou dos serviços de segurança", frisou o Governo cubano, que fala de uma "calúnia do Governo dos Estados Unidos, motivado por objetivos políticos agressivos".

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou na segunda-feira os governos de Cuba e da Rússia de intervencionismo, pelo apoio ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"As nações que apoiam Maduro, pela natureza do seu regime ilegítimo, estão a levar a cabo o mesmo intervencionismo de que nos acusam de fazer", afirmou em conferência de imprensa o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que reconhecem Juan Guaidó como presidente interino, juntamente com mais de 50 países, incluindo Portugal.

Mike Pompeo defendeu que Cuba "é o verdadeiro poder imperialista na Venezuela" e reiterou a acusação de que funcionários cubanos treinaram as forças venezuelanas em técnicas de tortura e espionagem, uma acusação que Havana considera "infame".

O secretário de Estado norte-americano insinuou que Maduro não tem controlo sobre a sua própria segurança e que são cubanos quem a assegura.

"Ouvi que Maduro não tem venezuelanos à sua volta. Muito do seu pessoal de segurança, dos seus assessores mais próximos, não estão ao serviço do povo venezuelano e, francamente, quem sabe, nem sequer estão sob as ordens de Maduro, mas sim às ordens do regime cubano", afirmou.

Os Estados Unidos lideram a pressão internacional sobre Maduro com sanções económicas, designadamente à empresa estatal Petróleos da Venezuela, a principal fonte de divisas do país.

Washington está também a avaliar a possibilidade de impor sanções secundárias a companhias que negoceiem com empresas controladas por Maduro, tal como fez com as empresas estrangeiras que compravam petróleo iraniano.

Na segunda-feira, Mike Pompeo reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Vijay Gokhale, pedindo ao Governo da Índia que não se converta num "salva-vidas económico do regime de Maduro".

Do total das exportações venezuelanas de crude, 450 mil barris por dia destinam-se aos Estados Unidos, 300 mil à Índia e 240 mil à China.

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