EUA consideram referendo de Cuba "engano" para "encobrir tirania"
O assessor da segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, qualificou hoje o referendo constitucional que se realiza em Cuba como "outro engano" para "encobrir a tirania" do "regime" de Havana.
© Reuters
Mundo Casa Branca
"O referendo constitucional de hoje é outro engano do regime cubano para encobrir a sua repressão e tirania", afirmou Bolton, numa mensagem escrita na rede social Twitter.
O principal assessor da segurança nacional do governo de Donald Trump assegurou, por outro lado, que "os Estados Unidos apoiam os apelos do povo cubano com vista à liberdade e a democracia".
Mais de oito milhões de cubanos foram chamados hoje às urnas em todo o país - cuja população total é de 11,2 milhões de habitantes - onde estão a funcionar mais de 25.300 centros eleitorais.
A nova Constituição procura traduzir a controlada abertura económica impulsionada pelo ex-presidente Raul Castro, a quem sucedeu Miguel Díaz-Canel, em 2018, e refletir a nova sociedade cubana, muito diferente da que participou no referendo de 1976.
O primeiro esboço do documento foi submetido a três meses de consultas populares, nas quais participaram pela primeira vez mais de 1,4 milhões de cubanos residentes no exterior, mas que não puderam hoje votar no referendo.
O texto que é votado hoje foi modificado em cerca de 60 por cento relativamente ao projeto inicial, tendo sido excluídas algumas propostas polémicas, como aquela que abria a porta ao matrimónio 'gay' na ilha.
Esta versão reintroduz a palavra "comunismo", que não aparecia no esboço original, mantém o Partido Comunista como "força dirigente superior da sociedade", fixa o mandato presidencial num máximo de dois períodos consecutivos de cinco anos, e estabelece um limite de 65 anos para candidatar-se pela primeira vez a chefe de Estado.
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