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Sérvia rejeita relatório que classifica país de "parcialmente livre"

A primeira-ministra da Sérvia rejeitou hoje um relatório da organização norte-americana Freedom House em que a situação no país balcânico em termos gerais é reduzida de "livre" para "parcialmente livre".

Sérvia rejeita relatório que classifica país de "parcialmente livre"
Notícias ao Minuto

15:31 - 06/02/19 por Lusa

Mundo Freedom House

No seu relatório anual divulgado esta semana, a ONG, que promove diversas investigações sobre democracia, liberdade política e direitos humanos -- e já esteve envolvida em polémicas sobre atribuição de fundos e atividades paralelas -- , refere que o estatuto da Sérvia entrou em declínio "devido à condução das eleições, às contínuas tentativas do governo e dos media aliados para prejudicar os jornalistas independentes através de medidas judiciais e campanhas insultuosas".

O relatório também considera que o Presidente conservador Aleksandar Vucic acumulou "poderes executivos que entram em conflito com a sua função constitucional".

A primeira-ministra sérvia Ana Brnabic, próxima de Vucic, contestou de imediato o relatório. "Não considero em absoluto que vivo num país parcialmente livre. Penso que vivemos num país que é muito mais livre em comparação com alguns anos atrás".

"Penso que o relatório não é suficientemente objetivo e inclui algumas perceções com as quais não concordo, o que não significa que seja irrelevante", disse.

Nas últimas nove semanas, e todos os sábados, milhares de pessoas têm desfilado em Belgrado e em outras cidades da Sérvia em protesto contra o que definem como crescente poder autocrático de Vucic.

Os manifestantes acusam Vucic de mitigar as liberdades democráticas alcançadas no país balcânico, que se envolveu em diversas guerras na década de 1990 na sequência da desagregação da Jugoslávia. O Presidente sérvio tem negado as acusações.

Para além da Sérvia, a ONG sediada em Washington -- e que em 2006 foi acusada pelo Financial Times de receber fundos do departamento de Estado dos EUA para atividades clandestinas no Irão -- também criticou a Rússia, Irão, Azerbaijão, Montenegro e Hungria por contribuírem "pelo 13º ano consecutivo para o declínio da liberdade global.

A Freedom House -- acusada em 2007 pelo deputado norte-americano Ron Paul de administrar um programa na Ucrânia cujo dinheiro foi destinado à promoção da campanha presidencial de Viktor Yushchenko -- detetou no seu relatório um "declínio do Estado de direito" que coloca a democracia nos Estados Unidos "ao nível da Grécia, Croácia e Mongólia" e muito abaixo de "reconhecidas democracias" como a Alemanha, França, Reino Unido ou Suécia.

O documento elege 11 Estados classificados como "parcialmente livres", que para além da Sérvia incluem a Albânia, Arménia, Bósnia-Herzegovina, Geórgia, Hungria, Kosovo, Macedónia, Moldávia, Montenegro e Ucrânia.

Em termos globais, a Noruega surge como o país mais livre, enquanto a Síria foi relegada para a última posição.

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