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Brexit: May pede "mandato o mais claro possível" para renegociar acordo

A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu hoje aos deputados que mostrem o que desejam alterado no Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE) para poder negociar com Bruxelas.

Brexit: May pede "mandato o mais claro possível" para renegociar acordo
Notícias ao Minuto

14:44 - 29/01/19 por Lusa

Mundo Primeira-ministra

"Quero voltar a Bruxelas com o mandato o mais claro possível conseguir um acordo que esta Câmara apoie. Isso significa enviar a mensagem mais clara possível não sobre o que esta Câmara não quer, mas o que verdadeiramente queremos", afirmou, na abertura de um debate sobre o Brexit.

O debate pretende decidir o rumo do processo de saída do Reino Unido da UE depois de o parlamento ter rejeitado há duas semanas atrás por uma margem de 230 votos o acordo de divórcio negociado com Bruxelas.

No final do dia, pelas 19:00 horas, serão votadas sete propostas, selecionadas pelo líder da Câmara dos Comuns, John Bercow, entre mais de uma dezena.

Entre estas estão a do partido Trabalhista, que defende a negociação de uma união aduaneira ou a realização de um referendo, e a do Partido Nacionalista Escocês (SNP) para pedir uma extensão do artigo 50.º, descartar uma saída sem acordo e impedir que a Escócia saia da UE contra a vontade.

Porém, o 'Labour' também disse que vai apoiar a proposta da trabalhista Yvette Cooper, que impõe a discussão de um projeto de lei na próxima semana que obrigaria o parlamento a votar no dia 26 de fevereiro para instruir May a pedir aos líderes europeus uma extensão do artigo 50.º, caso não tenha sido aprovado entretanto nenhum acordo de saída.

Já o partido Conservador patrocina a proposta do deputado Graham Brady, que sugere que o acordo seja aprovado se a solução para a Irlanda do Norte, conhecida por 'backstop', for substituída por "disposições alternativas".

Theresa May prometeu voltar à Câmara dos Comuns "o mais rápido possível" com um acordo modificado, o qual será sujeito novamente a voto dos deputados, mas também disse que, se o texto for novamente chumbado, o governo fará uma declaração no dia seguinte, sujeita a modificações dos parlamentares.

Se o governo não conseguir reabrir e negociar um novo acordo com a UE até 13 de fevereiro, a primeira-ministra fará uma intervenção à Câmara dos Comuns naquele dia e submeter uma declaração para debate e voto no dia seguinte.

A falta de consenso sobre o acordo aumentou o risco de uma saída sem acordo, o que, de acordo com várias empresas, poderá ter impacto na circulação de bens importados da UE, como medicamentos, produtos alimentares frescos ou peças e materiais usados pela indústria.

Após o chumbo do acordo, a primeira-ministra, Theresa May, reuniu com dirigentes de partidos da oposição, mas Liberais Democratas, nacionalistas escoceses (SNP) e galeses (Plaid Cymru) e Verdes para sair do impasse.

Porém, não aceitou as reivindicações para organizar um novo referendo ou de pedir uma extensão do artigo 50.º do tratado europeu, cujo período de dois anos de negociação para o divórcio, acaba dentro de 59 dias.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, recusou falar com May enquanto a primeira-ministra não descartasse uma saída sem acordo a 29 de março, data prevista para o Brexit.

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