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"Estamos com o povo que é o único que decide quem é o presidente"

Nicolás Maduro não comentou diretamente os protestos nas ruas da Venezuela, mas salientou que o país "não quer voltar ao século XX de intervenção norte-americana, de golpe de estado".

"Estamos com o povo que é o único que decide quem é o presidente"
Notícias ao Minuto

20:21 - 23/01/19 por Fábio Nunes

Mundo Nicolás Maduro

No dia em que se celebram os 61 anos de uma revolução popular que derrubou o ditador Marcos Perez Jimenez na Venezuela, dezenas de milhares de pessoas protestam no país contra o presidente Nicolás Maduro e o líder da oposição, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino do país. Uma decisão que já foi reconhecida por diversos países entre os quais os Estados Unidos, Canadá ou Brasil. 

Os apoiantes de Maduro também saíram para as ruas para celebrarem a revolução popular de 1958 e mostrar que estão ao lado do presidente. 

Alguns desses apoiantes concentraram-se em frente ao palácio de Miraflores, onde Nicolás Maduro discursou. Não abordou os protestos e também não comentou a autoproclamação de Juan Guaído como presidente interino. 

"Estamos e estaremos com o povo que é o único que decide quem é o presidente. Só o povo pode, só o povo dita. Somos uma força popular que está numa luta imensa pela América Latina para abrir um caminho pacífico, eleitoral, legal, constitucional para as mudanças profundas, progressistas que a nossa América exige e clama há dois séculos", sublinhou Maduro.

De seguida, o líder venezuelano relembrou a história de vários países latino-americanos marcada por ditaduras, que em alguns casos contaram com o apoio dos Estados Unidos. 

"Vimos durante o século XX o que passou sob o domínio imperialista, uma política intervencionista que pretendeu tornar a América Latina e as Caraíbas no quintal do imperialismo norte-americano", frisou o chefe de Estado. 

Num discurso sob a tónica do imperialismo norte-americano, Maduro continuou. "Os nossos países eram democracias de elites, de minorias, democracias oligárquicas que oprimiam os seus povos e roubavam os recursos naturais". 

E deixou uma mensagem clara, que pode revelar muito sobre o que se vai passar nos próximos dias. 

"Não queremos voltar ao século XX de intervenção norte-americana, de golpe de estado. O povo venezuelano disse não ao golpismo, não ao intervencionismo, não ao imperialismo".

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