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Polícia britânica receia que ambiente faccioso radicalize extrema-direita

A polícia britânica receia que o ambiente faccioso criado pelo debate em torno do 'Brexit' possa ser explorado por grupos de extrema-direita, disse hoje um responsável pelo combate ao terrorismo.

Polícia britânica receia que ambiente faccioso radicalize extrema-direita
Notícias ao Minuto

11:22 - 23/01/19 por Lusa

Mundo Brexit

Numa entrevista hoje à rádio BBC 4, o comissário adjunto da Polícia Metropolitana de Londres, Neil Basu, disse que existe a preocupação de uma "deriva da extrema-direita para o terrorismo radical de extrema-direita".

Embora represente uma "ameaça muito pequena", admitiu, este tipo de radicalização é um risco que está a ser acompanhado pelas forças de segurança.

Basu lembrou que existiu "um aumento do crime de ódio após o referendo [de 2016], que nunca recuou".

"Portanto, há sempre a possibilidade de as pessoas serem radicalizadas pelo tipo de atmosfera febril que temos no momento", afirmou.

Como exemplo, fez referência à organização terrorista Ação Nacional, proscrita em 2016 pelo Governo e cujos membros foram condenados numa série de julgamentos, incluindo a portuguesa Cláudia Patatas.

Após o referendo de junho de 2016, quando 52% dos eleitores votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE), foram relatados vários incidentes de insulto e agressões a imigrantes, incluindo contra portugueses.

A presença de elementos de extrema-direita tem sido identificada em manifestações e protestos a favor do 'Brexit', incluindo junto ao parlamento britânico, em Londres, onde alguns deputados e jornalistas se queixaram de insultos e intimidação.

O processo de saída encontra-se atualmente num impasse, depois da rejeição, na semana passada, por 432 votos contra 202 a favor, do acordo negociado pelo governo com Bruxelas.

A primeira-ministra, Theresa May, mantém a intenção de fazer o país sair da UE em 29 de março, embora os partidos da oposição e deputados do próprio partido Conservador defendam a necessidade de adiar a data ou realizar um novo referendo.

Basu reiterou ainda a apreensão com que as autoridades policiais veem o cenário de uma saída sem acordo como prejudicial, por complicar a troca de informações e processos como extradições de criminosos ou suspeitos.

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