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Nobel da Paz quer equipa internacional a investigar yazidis desaparecidos

A Nobel da Paz Nadia Murad, antiga refém do grupo 'jihadista' Estado Islâmico, pediu hoje ao Presidente iraquiano a formação de uma equipa especial internacional para investigar o desaparecimento das mulheres yazidis, sequestradas em 2014 por aquela organização extremista.

Nobel da Paz quer equipa internacional a investigar yazidis desaparecidos
Notícias ao Minuto

15:26 - 12/12/18 por Lusa

Mundo Nadia Murad

"Peço ao Governo iraquiano que trabalhe na formação de uma equipa especial junto com a coligação internacional para investigar o caso das mulheres yazidis desaparecidas", declarou a ativista, num discurso no Palácio da Paz, a sede presidencial do Iraque, ao ser recebida pelo Presidente Barham Saleh dois dias depois de receber o Prémio Nobel.

Nadia Murad, que recebeu o prémio pelo seu ativismo contra a violência sexual nos conflitos, solicitou que o Governo disponibilizasse serviços públicos na região de Sinyar, no noroeste do país, onde se concentra a minoria yazidi, arrasada pelo genocídio cometido pelos 'jihadistas'.

No seu discurso, a ativista de etnia curda e religião yazidi dirigiu-se a todos os iraquianos pedindo-lhes que fossem um "povo de paz com todos os cultos e, especialmente, com as minorias", relembrando que 80% daquela minoria continua a viver em campos de deslocados e carece dos bens mais básicos para subsistir.

Primeira personalidade iraquiana a receber o Nobel da Paz, Murad pediu a Barham Saleh que trabalhasse "para todos os iraquianos", independentemente da religião.

O Presidente iraquiano respondeu que "a reconstrução de Sinjar, fazer justiça às vítimas e investigar o caso dos que continuam cativos" eram "prioridades".

Barham Saleh considerou que é agora o momento do parlamento iraquiano "adotar uma lei considerando o crime de Sinjar (perpetrado pelos 'jihadistas') como um genocídio sobre os yazidis".

Cerca de 3 mil membros daquela minoria, sequestrados pelo grupo extremista Estado Islâmico há quatro anos, permanecem desaparecidos, segundo dados do Departamento Geral dos Assuntos Yazidis do governo regional do Curdistão.

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