Oposição exige demissão do Governo de Netanyahu e eleições antecipadas
A oposição israelita exigiu hoje a demissão do Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, depois da recomendação pela Polícia, de acusação ao chefe do executivo de envolvimento num caso de corrupção e exigiu eleições antecipadas.
© Reuters
Mundo Israel
"Suborno! A Polícia israelita recomenda a apresentação de uma acusação de suborno contra o primeiro-ministro Netanyahu que deve sair antes que ele destrua as agências de segurança para salvar a sua própria pele. O povo judeu merece uma liderança limpa. Eleições já", exigiu na sua conta na rede social Twitter Tzipi Livni, líder do Campo Sionista, a principal força de oposição no Parlamento de Telavive.
"Netanyahu tornou-se um fardo para Israel. Deve renunciar. Um primeiro-ministro envolvido em tantos casos de corrupção não pode continuar em funções e deve renunciar. Uma pessoa impulsionada por uma obsessão mórbida com o que é dito sobre si nos meios de comunicação social não pode dirigir o Estado de Israel", criticou, por seu turno, o secretário-geral do Partido Trabalhista, Avi Gabai, também naquela rede social, segundo a agência noticiosa Efe.
Por sua parte, o presidente do partido de esquerda Meretz, Tamar Zalber disse que esta é o "terceiro suborno" e a "situação é a mais grave" que envolve Natanyahu.
"O primeiro-ministro israelita, que está envolvido num dos casos mais graves, não pode ficar nem mais um dia no cargo, e deve renunciar hoje, Israel tem que ir as eleições", afirmou Zalber.
O líder da Lista Unida, o deputado árabe Ayman Odeh, disse que o lugar de Netanyahu "é na cadeia e, é claro, não na residência do primeiro-ministro".
"Um primeiro-ministro que só está empenhado em espalhar o ódio e o medo e os estritos interesses da sua família já perdeu a legitimidade, deve ser expulso imediatamente".
A recomendação da Polícia, divulgada hoje, acusa o primeiro-ministro israelita de "crimes de suborno, fraude e quebra de confiança" ao considerar que interveio "em decisões regulatórias para favorecer Shaul Elovitch", o principal acionista do Grupo Bezeq, e o portal noticioso Walla, que teria dado uma cobertura positiva a Netanyahu e à sua família em troca de favores.
As autoridades também referiram a existência de provas para processar a mulher do chefe de governo, Sara Netanyahu, por "suborno, fraude, abuso de confiança e interrupção de processos investigativos e judiciais".
Netanyahu, contra quem a polícia já apresentou recomendações em fevereiro para dois outros casos de corrupção, apressou-se hoje em negar o seu envolvimento ou da sua mulher numa breve declaração.
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