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Condenado a seis anos de prisão por fingir ser morador da Torre Grenfell

O homem de 38 anos de idade alegou que estava a morar temporariamente com familiares, num apartamento do 21.º andar. A família de cinco pessoas morreu no incêndio.

Condenado a seis anos de prisão por fingir ser morador da Torre Grenfell
Notícias ao Minuto

23:40 - 21/11/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Reino Unido

Sharife Elouahabi foi beneficiário de 103 mil libras (115 mil euros) de forma indevida ao alegar que morava na Torre Grenfell quando foi consumida pelas chamas, no ano passado, vitimando dezenas de pessoas. Agora, foi condenado a seis anos de prisão, conforme avança o Independent.

O homem de 38 anos de idade alegou que estava a morar temporariamente num apartamento do 21.º andar do arranha-céus, onde morreu uma família de cinco pessoas, seus familiares. Elouahabi disse que estava a morar com os tios mas que, na noite do incêndio, saiu de casa sem avisar porque queria quebrar o jejum do Ramadão.

No apartamento estavam Faouzia e Abdulaziz El-Wahabi, seus tios, de 42 e 52, respetivamente, que morreram junto com os filhos, Yasin, de 20 anos, Huda, de 16, e Mehdi, de oito.

Entre 23 de junho do ano passado e 25 de junho deste ano, o acusado beneficiou de 103 mil libras em assistência financeira e acomodação.

“No rescaldo da tragédia, procuraste lucrar e obter vantagem sobre propriedade permanente. (…) O facto de as pessoas sem escrúpulos procurarem enriquecer com acomodação, serviços e dinheiro é ainda mais chocante à luz da dor e solidariedade que se seguiu ao desastre”, afirmou o juiz na leitura da sentença.

Sharife Elouahabi é a 13.ª pessoa a ser condenada por fraude relacionada com os fundos para os sobreviventes do incêndio na Torre Grenfell.

Ao todo, morreram 70 pessoas no incêndio, mais uma vítima de ferimentos que sucumbiu no hospital e um bebé nado morto, filho dos portugueses Márcio e Andreia Gomes. Logan Gomes, que já tinha quase sete meses de gestação, morreu devido à intoxicação com fumo da mãe, que foi hospitalizada juntamente com uma das duas filhas após uma fuga pelas escadas desde o 21.º andar.

O incêndio está a ser alvo de um inquérito público com o objetivo identificar as causas e evitar que se repita. Além de perceber porque é que as chamas se espalharam tão rapidamente, vão ser analisadas a atuação dos serviços de emergência e das autoridades locais e as regulamentações em vigor para a construção.

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