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Chuva não afasta vendedores nem apoiantes de Patrice Trovoada

Pouco antes do arranque do comício da Aliança Democrática Independente (ADI, no poder), em Trindade, "nascem" bancas improvisadas de venda de comida, que rapidamente ocupam a praça central da segunda maior cidade de São Tomé.

Chuva não afasta vendedores nem apoiantes de Patrice Trovoada
Notícias ao Minuto

17:57 - 29/09/18 por Lusa

Mundo São Tomé

Caixas e alguidares de plástico, bancos de madeira ou tapetes colocados no chão servem de "montra" para os mais diversos produtos: a cerveja nacional, Rosema, refrigerantes -- quase todos de marcas portuguesas, caranguejos ou espetadas de búzios, doces, bolos, frango ou banana assados no carvão.

Edna, 35 anos, aproveita o comício para tentar vender asas de galinha assadas e búzios. Evita falar de política, mas relata que procura fazer comércio "sempre que há atividades".

Na ação de hoje da campanha para as legislativas e autárquicas de 07 de outubro da ADI em Trindade (distrito de Mé Zochi, cerca de oito quilómetros a sudoeste da capital, São Tomé), é esperada a presença do cabeça-de-lista, Patrice Trovoada, mas a festa promete prolongar-se até à noite, com concertos de vários artistas são-tomenses e internacionais, mesmo que debaixo de chuva forte.

À hora marcada para o comício (15:00, mesma hora em Lisboa), são apenas algumas dezenas os apoiantes que se posicionam perto do palco montado na rua, mas aos poucos vão-se-lhes juntando cada vez mais: chegam em táxis amarelos, em carrinhas ou, às dezenas, em camiões de caixa aberta.

Vestem t-shirts e polos amarelos ou azuis -- as cores da ADI -, onde se lê "Patrice Trovoada 2018", "Menos Política, Mais Trabalho" ou "Obra feita, Povo Satisfeito, Maioria Clara"; usam bonés com o símbolo do partido e agitam bandeiras. Nas paredes há cartazes -- alguns já caíram por causa das fortes chuvadas -- e bandeirolas penduradas em fios.

"Isto é África. Quando se diz 15:00, as pessoas chegam às 16:30", comenta uma jovem, que veio espreitar o ambiente antes de apanhar um táxi para o trabalho, um restaurante em São Tomé.

O primeiro-ministro quer renovar a maioria absoluta conquistada nas urnas em 2014, quando conseguiu 33 dos 55 lugares na Assembleia Nacional. E os apoiantes acreditam nisso.

"Eu batalho por ele em todo o momento, eu quero que ele fique lá", garante Hermínia Fernandes, 48 anos.

A mulher afirma que Patrice Trovoada "veio para ajudar o povo pequeno" e enumera a 'obra feita': "Construiu a estrada, água, energia, na maioria das localidades de São Tomé", comentou.

Dedy, 30 anos, diz que o Governo de Trovoada "fez muita maravilha e precisa de oportunidade para fazer mais".

"Eu tenho a certeza de que ele vai criar emprego e mais estabilidade para o povo são-tomense", disse o estudante de administração e contabilidade, que desvaloriza as opiniões críticas em relação ao mandato do líder da ADI: "Ele fez, faz e vai fazer. Basta o povo dar mais quatro anos para ele mostrar que as críticas não correspondem à realidade".

'Swagger', de 18 anos, veste uma t-shirt com a imagem de Cristiano Ronaldo.

Afirma que já vai votar e Patrice Trovoada é o candidato que prefere: "Ele fez muito bom trabalho, ajudou o povo, ajudou a criar energia e água e tudo o mais".

O rapaz, jogador num clube de Monte Café, uma localidade próxima, ambiciona seguir os passos do futebolista português: "Eu esforço-me para ser como ele".

Quando cai (mais uma) chuvada, os populares correm para se abrigar num mercado coberto, mas a música dos artistas convidados que já estão no palco a atuar acaba por os atrair de novo para a praça.

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