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Isabel dos Santos responde com ironia a críticas de Presidente angolano

A empresária angolana Isabel dos Santos utilizou hoje as redes sociais Twitter e Instagram para responder às críticas feitas pelo Presidente de Angola, que a acusou de "desencorajar o investimento" no país.

Isabel dos Santos responde com ironia a críticas de Presidente angolano
Notícias ao Minuto

15:09 - 24/08/18 por Lusa

Mundo Redes Sociais

"Há uns que tapam o sol [fotografia do sol] com a peneira, há outros que constroem abrigo para se por à sombra... e trabalham para comprar ar condicionado. Faço parte da segunda categoria", escreveu a filha do ex-chefe de Estado angolano José Eduardo dos Santos, aludindo às declarações de João Lourenço feitas no último dia da visita oficial à Alemanha, que terminou quinta-feira.

Quinta-feira, em Berlim, João Lourenço, em resposta às críticas da empresária feitas em junho, lamentou que Isabel dos Santos "desencoraje investimento para o seu próprio país",

"Eu não queria entrar em mesquinhices deste tipo para uma cidadã nacional que desencoraja o investimento para o seu próprio país. É o único comentário que tenho a fazer", disse o Presidente de Angola aos jornalistas.

Após o Twitter, e já na rede Instagram, e também sem nunca referir o nome de João Lourenço, Isabel dos Santos surge numa fotografia com um capacete na cabeça, tendo como pano de fundo uma obra num local que não referencia.

"Na obra? trabalhando e a supervisionar a construção desde raiz deste novo empreendimento. Como engenheira, estou envolvida no terreno desde o início até ao fim da obra, e estou presente em todas as etapas. Continuo a investir em Angola [bandeira angolana] e a acreditar nos angolanos e seu talento", escreve.

Na obra ... trabalhando e a supervisionar a construção desde raiz deste novo empreendimento . Como engenheira estou envolvida no terreno desde o início até ao fim da obra, e estou presente em todas as etapas. Continuo a Investir em Angola e acreditar nos angolanos e seu talento. Aqui está em construção mais um empreendimento que vai gerar mais empregos para jovens e oportunidades para os pequenos e médios produtores escoarem e venderem os seus produtos. Assim vou apoiar outros empresários, e produtores e gerar mais iniciativas. A produção nacional é a única forma de baixar preços.Nesta obra trabalham com afinco mais de 100 bons técnicos angolanos que constroem com qualidade, e no final do dia vão para suas casas com orgulho e determinação de fazer parte do crescimento de Angola. #jovensempreendedores #produtores #produçãonacional #madeinangola #emprego #novaobra #obra #angola #construindo #eng.isabel

Uma publicação partilhada por Isabel Dos Santos (@isabel_dos_santos.me) a 24 de Ago, 2018 às 4:18 PDT

"Aqui está em construção mais um empreendimento que vai gerar mais empregos para jovens e oportunidades para os pequenos e médios produtores escoarem e venderem os seus produtos", acrescenta Isabel dos Santos.

No texto, a empresária angolana lembra que, desta forma, vai apoiar "outros empresários e produtores e gerar mais iniciativas".

"A produção nacional é a única forma de baixar os preços. Nesta obra trabalham com afinco mais de 100 bons técnicos angolanos que constroem com qualidade e no final do dia vão para suas casas com orgulho e determinação de fazer parte do crescimento de Angola", termina o texto.

Em junho, durante a visita de João Lourenço à Bélgica, a empresária angolana criticou nas redes sociais a falta de atratividade externa de Angola, pela dificuldade em repatriar dividendos.

Na mensagem colocada nas redes sociais, Isabel dos Santos, exonerada em novembro de 2017 por João Lourenço das funções de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol, questionava, sem nunca se referir à visita do chefe de Estado à Europa, a atratividade do país, do ponto de vista dos investidores estrangeiros.

"Qual o investidor que vai entrar se não dão autorização aos atuais investidores estrangeiros para levarem os lucros em dólares", afirmou, então, Isabel dos Santos, considerada a mulher mais rica de África, referindo-se às dificuldades que as empresas e investidores enfrentam, nos últimos anos, para repatriar lucros e dividendos, devido à escassez de divisas em Angola.

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