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Compromisso sírio deve ser "rápido, credível e verificável"

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, realçou hoje que o compromisso do regime sírio para a entrega do seu arsenal químico deve ser "rápido, credível e verificável" e que não deve haver ingenuidade em relação à proposta russa.

Compromisso sírio deve ser "rápido, credível e verificável"
Notícias ao Minuto

11:28 - 12/09/13 por Lusa

Mundo Laurent Fabius

Numa entrevista à rádio RTL, o chefe da diplomacia francesa disse que os russos decidiram mudar de posição e propor que o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, coloque nas mãos da comunidade internacional umas armas químicas sobre as quais não reconhecia a existência até então porque os norte-americanos e os franceses mostraram “grande firmeza".

"Há que aproveitar as aberturas, se houver, e não sermos ingénuos", respondeu, ao ser questionado sobre se o Presidente russo, Vladimir Putin, estará a atuar de má-fé.

Relativamente à afirmação deste de que foram os rebeldes os autores do ataque químico de 21 de agosto nos arredores de Damasco para assim provocar uma intervenção militar internacional, o chefe da diplomacia francesa insistiu que "a realidade é clara", tendo havido um "massacre químico".

Dado que "só o regime tinha ‘stocks' de [armas químicas], os vetores e o interesse em fazê-lo, podemos tirar uma conclusão a partir daí", afirmou Fabius, para quem não há dúvidas sobre a responsabilidade do regime de Bashar al-Assad, contestando a posição da Rússia.

Fabius disse ainda que o relatório dos inspetores das Nações Unidas sobre a utilização de armas químicas na Síria vai "provavelmente" ser publicado na próxima segunda-feira.

Apesar de não o ter consultado, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês apontou que no documento dever-se-á constatar que houve um "massacre" e "indicações" sobre a sua autoria.

A partir desses elementos, detalhou, será preciso voltar a discutir o projeto de resolução e aí "o compromisso sírio deve ser rápido, credível e verificável".

Tal significaria que o regime de Al-Assad teria que dar a lista de armas químicas em seu poder, frisou Fabius, que reconheceu que a sua destruição levaria "imenso tempo", tendo em conta que dispõe de 1.000 toneladas.

Em jeito de comparação, o chefe da diplomacia francesa disse que o Iraque de Saddam Hussein tinha 25 toneladas dessas armas e que a sua destruição ainda não foi dada por concluída.

O conflito na síria já provocou mais de 110 mil mortos desde março de 2011, de acordo com as Nações Unidas.

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