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Amnistia saúdou hoje a "agridoce libertação" de adolescente em Israel

A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) saudou hoje a "agridoce libertação" de uma adolescente palestiniana em Israel, mas recordou que permanecem centenas de outros menores nas prisões israelitas.

Amnistia saúdou hoje a "agridoce libertação" de adolescente em Israel
Notícias ao Minuto

23:53 - 29/07/18 por Lusa

Mundo Direitos Humanos

Ahed Tamimi foi libertada hoje, 21 dias antes de cumprir a sentença de oito meses a que foi condenada por um tribunal de Israel por esbofetear dois soldados israelitas em território palestiniano ocupado na Cisjordânia.

Em comunicado, a AI considera que o caso de Tamimi serve de alerta sobre "a constante violação por parte de Israel dos direitos humanos das crianças palestinianas".

O diretor do escritório da AI em Jerusalém, Saleh Higazi, declarou que a alegria pela libertação da jovem "será manchada pela injustiça da sua prisão e a tristeza de se saber que muitas outras crianças palestinianas definham em cadeias israelitas, apesar de muitos delas não terem cometido nenhum crime reconhecível".

Para o responsável, Israel "usa tribunais militares arbitrários para castigar aqueles que desafiam a ocupação e a política expansionista ilegal, não importa que idade tenham".

Ahed Tamimi foi detida em 19 de dezembro passado, alguns dias depois de ter sido filmada a agredir dois soldados, num vídeo que se tornou viral na Internet.

As imagens mostravam a adolescente e uma prima, Nour Tamimi, a aproximarem-se de dois soldados israelitas, apoiados num muro, do pátio da casa das jovens em Nabi Saleh, uma aldeia em território palestiniano ocupado por Israel há mais de 50 anos.

As duas raparigas exigiram aos soldados que saíssem do local e agrediram-nos com pontapés, murros e bofetadas.

Ahed Tamimi tinha 16 anos quando foi detida. Em 21 de março foi condenada a oito meses de prisão, depois de se dar como culpada.

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