Pedro Sanchéz deu a conhecer esta terça-feira o governo que vai comandar os destinos de Espanha no próximo ano e meio. O desafio que o executivo socialista vai ter pela frente até 2020 não será fácil. O emprego e o crescimento económico vão continuar a ser prioridades e a questão da Catalunha ainda promete dar que falar.

Pedro Sanchéz prometeu um governo paritário. E os primeiros nomes que começaram a ser lançados para as diferentes pastas apontavam para um executivo com uma maioria de mulheres. Algo que ficou confirmado esta quarta-feira.

De acordo com o La Vanguardia, o governo espanhol vai contar com nove ministras e três ministros.

Carmen Calvo vai assumir a vice-presidência do governo e a pasta de ministra da Igualdade. Tem 61 anos e já tinha sido a ministra da Cultura com Zapatero. Calvo também se destaca pelo seu ativismo como feminista e foi uma das figuras por trás de duas das iniciativas mais emblemáticas do PSOE nesta legislatura: a lei da igualdade salarial e a lei da igualdade de tratamento entre homens e mulheres no trabalho.

María Jesús Montero tem 52 anos e é a aposta de Sanchéz para a pasta das Finanças. Licenciada em medicina, é um dos nomes mais discretos deste novo executivo espanhol. Desde 2013 que tinha a seu cargo as Finanças e a Administração Pública do governo autónomo da Andaluzia.

Josep Borrell, de 71 anos, é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi ministro das Obras Públicas durante o governo de Felipe González. 

O Ministério da Economia vai passar a ser liderado por Nadia Calviño. Tem 50 anos e era até agora a diretora-geral da Comissão Europeia e responsável pelo Orçamento comunitário em Bruxelas. 

Teresa Ribera, 49 anos, é a nova ministra da Energia e do Meio Ambiente e já tinha desempenhado funções no governo de Zapatero.

José Luis Ábalos, outros dos homens de confiança de Pedro Sanchéz, foi escolhido para assumir o cargo de ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Aos 68 anos é considerado um dos membros nucleares do PSOE de Sanchéz.

Meritxell Batet fica com a pasta da Administração Territorial. Tem 45 anos e é catalã. A sua nomeação é considerada importante, pois pode ser uma chave no diálogo para resolver o conflito entre o governo e a Generalitat.

Carmen Montón, de 42 anos, era a responsável pela pasta da Saúde na Comunidade Valenciana e vai agora assumir essa pasta no governo de Sanchéz. 

A Educação vai ser liderada por Isabel Celaá, de 69 anos. É uma das pessoas mais próximas de Sanchéz e presidia até agora à Comissão de Ética e Garantias do PSOE.

Dolores Delgado é a nova ministra da Justiça. Passou 25 dos seus 53 anos na Audiencia Nacional, o tribunal com sede em Madrid, no qual tratou de temas como o narcotráfico e o terrorismo da ETA e jihadista.

Magdalena Valerio tem 59 anos e é a ministra do Trabalho. Tem uma grande experiência em administrações públicas e na segurança social. 

Pedro Duque é provavelmente a grande surpresa deste governo. Tem 55 anos e é astronauta. Vai ser a partir de agora ministro da Ciência, Inovação e Universidades.