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Trump limita capacidade de Caracas de vender dívida e ativos públicos
O Presidente norte-americano assinou hoje uma ordem executiva que visa limitar a capacidade da Venezuela de vender dívida e ativos públicos, medida que pretende isolar ainda mais Caracas após um escrutínio presidencial que Washington classificou como uma "farsa".
© Reuters
Mundo Venezuela
A administração norte-americana, liderada pelo Presidente Donald Trump, tomou esta decisão após as eleições presidenciais antecipadas realizadas no domingo na Venezuela, marcadas pela reeleição de Nicolás Maduro, no poder desde em 2013, para um novo mandato de seis anos, até 2025.
Segundo o vice-Presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, as eleições na Venezuela foram "uma farsa, nem livre, nem justa".
Altos responsáveis da administração norte-americana, citados pela agência norte-americana Associated Press (AP), afirmaram que a nova ordem visa impedir que o Governo de Caracas venda ativos públicos em troca de comissões.
A Casa Branca acrescentou que a ordem executiva assinada por Trump restringe a capacidade do regime liderado por Maduro de liquidar ativos estatais "a preços de saldo às custas do povo venezuelano".
O socialista Nicolás Maduro foi declarado vencedor das eleições presidenciais antecipadas de domingo pela autoridade eleitoral venezuelana, com perto de 70% dos votos, depois de contados quase todos os boletins.
Num universo de mais de 20,5 milhões de eleitores inscritos, Maduro obteve 67,7% dos votos contra os 21,2% do principal adversário, Henri Falcon, segundo os dados anunciados pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena.
A oposição venezuelana, que apelou ao boicote da votação, rejeitou os resultados e denunciou uma fraude eleitoral.
A Venezuela, país que conta com uma importante comunidade portuguesa, atravessa uma grave crise económica, social e humanitária que já obrigou centenas de milhares de habitantes a fugirem do país.
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