Angina de peito. O que é e como o estilo de vida pode ser a 'salvação'
Celebra-se esta quarta-feira o Dia Nacional do Doente Coronário e o médico João Brum, presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) revela como o estilo de vida saudável tem um papel determinante na proteção do coração.
© iStock
Lifestyle Médicos
Cuidar do coração é muito mais do que controlar os batimentos cardíacos. Cuidar do coração é cuidar daquele que é um dos nossos bens mais preciosos e, por isso, seguir um estilo de vida saudável pode ser a ‘salvação’,
Naquele que é o Dia Nacional do Doente Coronário e o médico João Brum, presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) revela como alguns maus hábitos diários – e as consequências dos mesmos – podem ser o trampolim para a angina de peito, uma patologia pautada pelo desconforto, mas que pode trazer sérias consequências para a saúde.
“A angina de peito é causada pelo estreitamento ou obstrução das artérias que conduzem o sangue ao coração o que provoca uma diminuição dos níveis de oxigénio e nutrientes às células do músculo cardíaco. Essa obstrução normalmente resulta da formação de placas de gordura no interior das artérias (aterosclerose). A hipertensão arterial, o colesterol elevado, a diabetes, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo contribuem significativamente para aumentar o risco de sofrer deste problema de saúde”, começa por explicar o especialista num artigo de opinião enviado às redações.
Apesar da angina de peito ser uma condição associada às pessoas mais velhas, também os jovens – independentemente do género - podem ser afetados por este desconforto. “A maioria das pessoas com angina queixa-se de sensação de aperto, queimadura ou opressão no peito, por baixo do esterno, mas pode também atingir a garganta, a mandíbula, as costas, os braços ou até mesmo o estômago. Esta dor pode ser acompanhada de falta de ar/dificuldade em respirar, suores, náuseas, tonturas, e mal-estar geral. É, geralmente, despertada pelo esforço físico e cede com o repouso ao fim de 5-10 minutos ou com a toma de um comprimido de nitroglicerina sublingual”, descreve.
Esta patologia, continua o especialista, “pode ser estável”, sendo que nestes casos a “dor segue um padrão específico, surgindo na prática de atividade física ou na presença de emoções extremas”. Mas a angina de peito pode ser também “instável, quando os sintomas são menos previsíveis e o seu aparecimento ocorre em repouso, durante o sono ou com um esforço mínimo”.
Tratar com um estilo de vida saudável
Com a dor a assumir um papel de destaque na perceção da doença, o diagnóstico “baseia-se na história clínica do doente, na sua observação e na realização de exames complementares, como um eletrocardiograma (registo dos impulsos elétricos do coração que mostra indicações de uma artéria bloqueada) ou um ecocardiograma (visualização da estrutura e funcionamento do coração com recurso ao ultrassom)”.
Segundo o médico, pode ser ainda necessário “fazer um cateterismo cardíaco/angiografia coronária (uma série de radiografias das artérias coronárias) para confirmar a lesão das artérias do coração”.
Assim que o diagnóstico é feito, deve-se passar para o tratamento, que tem como principal objetivo “aliviar os sintomas, diminuir a progressão da doença e reduzir as complicações”, como é o caso do enfarte do miocárdio.
Mas além do tratamento dito clínico – em que alguns casos pode implicar a angioplastia coronária -, o estilo de vida tem um papel determinante, seja na prevenção como também na ‘salvação’.
Não fumar, reduzir o colesterol, controlar a tensão arterial e a diabetes, fazer uma alimentação saudável, praticar exercício físico, vigiar o peso e evitar o stress são os conselhos dados pelo especialista.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com