Estar de 'coração partido' dói de verdade, diz a ciência
Agora que o Dia dos Namorados já lá vai, falemos do lado menos cor de rosa do amor.
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No cinema elas choram, eles ficam apáticos. Na televisão pode até haver álcool à mistura e sempre um quê de depressão. Há ainda quem fique de mau humor e quem se sinta perdido ao ponto de não saber mais qual é o seu sentido de vida. Mas estar de ‘coração partido’ não é apenas uma coisa da ficção, é uma realidade bem clara e cujos efeitos se assemelham à síndrome da abstinência e podem mesmo levar à morte.
Ao site espanhol ABC, Manuel de Juan Espinosa, professor de Psicologia da Universidade Autónoma de Madrid, revela que estar de coração partido tem efeitos que são “tremendamente parecidos com a síndrome da abstinência causada por uma droga”, uma vez que a perda da cara-metade causa mudanças comportamentais e emocionais semelhantes àquelas que uma pessoa dependente de drogas tem quando deixa de consumir as substâncias.
Na prática, explica a publicação, terminar uma relação ou perder (por morte, por exemplo) o amor de uma vida pode levar a mudanças de humor, à fixação por algo (ou alguém), à ansiedade, aos comportamentos obsessivos e compulsivos, distorções da realidade, perda de controlo e até mesmo à dependência emocional.
No ano passado, um estudo da Universidade de Amesterdão já tinha mostrado que estar de coração partido é uma realidade e que é, na verdade, o coração o primeiro a sentir, uma vez que a frequência cardíaca cai e as hormonas ficam desreguladas.
Contudo, o coração está longe de ser o único a sofrer com a rejeição ou perda. Problemas de pele, dificuldades motoras, olhos inchados, dores no peito e sintomas de ressaca são algumas das consequências já comprovadas pela ciência.
Em casos mais extremos, a conjugação da queda da frequência cardíaca com o aumento do stress pode mesmo ser altamente prejudicial, uma espécie de cocktail explosivo que pode causar problemas cardíacos, como concluiu um estudo conjunto entre várias universidades norte-americanas.
Quando se está de coração partido, “as pessoas ficam ansiosas, querem que a outra pessoa mande mensagens, que escreva, que ligue, que lhes diga que o amam”, indicou Helen Fisher, algo que pode ser explicado pela Perturbação de Ansiedade da Separação.
Mas a sensação de coração partido pode mesmo ser fatal. Exemplo disso são os casos de casais de longa data que morrem com horas ou dias de diferença, simplesmente por não suportarem a ideia de não terem mais por perto o amor das suas vidas.
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