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Brincar com bonecas magras deixa meninas insatisfeitas com o corpo
As tradicionais bonecas que são oferecidas durante a infância podem ter um efeito bastante negativo na autoestima das raparigas.
© iStock
Lifestyle Estudo
A Barbie até pode estar a adaptar-se ao mundo real e os brinquedos de menina e de menino estarem a deitar por terra os padrões sociais que estipulam ao que cada um dos géneros deve brincar. Mas é preciso continuar esta mudança.
Segundo um estudo publicado este mês na revista Body Image, as raparigas continuam a olhar para as bonecas como ‘algo perfeito’. Mais concretamente, explica o site Science of Us, as meninas que brincam com bonecas cujos corpos são magros e esguios tendem a sentir-se menos confortáveis com a própria imagem.
A conclusão surgiu depois dos investigadores norte-americanos terem realizado dois estudos junto a dois grupos de 112 meninas com idades entre os seis e os oito anos.
No primeiro estudo, uma parte (aleatória) das 112 meninas foi convidada a brincar com bonecas Barbie enquanto a outra brincou com uma boneca menos conhecida, mas com um corpo mais real. Ambas as bonecas estavam com uma roupa idêntica, num estilo modesto. No segundo estudo, as outras 112 meninas foram convidadas a brincar com as mesmas bonecas - incluindo-se algumas com padrões menos comuns -, mas desta vez as roupas variavam entre fatos de banho e traje completo.
Antes e depois de realizarem as duas experiências, os investigadores questionaram as meninas acerca do que sentiam sobre o próprio corpo e concluíram que aquelas que brincaram com as bonecas mais magras apresentavam uma maior discrepância a nível do tamanho do próprio corpo quando comparadas com aquelas que brincaram com bonecas cujos corpos eram mais reais.
Além disso, as meninas que brincaram com bonecas que estavam vestidas com uma indumentária completa mostraram menos insatisfação com o próprio corpo, o que não aconteceu com as crianças que brincaram com bonecas vestidas com fato de banho e cujo corpo era mais magro.
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