Comer intuitivamente: um guia para iniciantes

Se você está informado sobre as últimas tendências de dieta ou saúde, é provável que já tenha ouvido falar de alimentação intuitiva. No entanto, é muito diferente dos modismos habituais da dieta e tendências passageiras. É uma filosofia sobre comer que nos leva de volta aos nossos instintos mais básicos. Em certo sentido, é a anti-dieta, pois não fornece nenhuma orientação ou restrição universal.

O princípio básico da alimentação intuitiva é que você é a melhor pessoa para decidir o que seu corpo precisa e quando. Cada um de nós é um especialista nos sinais de fome do nosso próprio corpo de uma forma que ninguém mais pode ser. Comer intuitivamente significa confiar em si mesmo, aprender a ouvir o seu corpo e desenvolver uma relação mais saudável com os alimentos.

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As origens da alimentação intuitiva

Alguns dos conceitos da alimentação intuitiva remontam à década de 1970, desenvolvidos por psicoterapeutas, nutricionistas e feministas da época. O tema comum era que as dietas simplesmente não funcionam e nos beneficiamos mais fazendo ajustes no estilo de vida e cuidando de nós mesmos.

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Não existe uma dieta universal

O problema com as dietas é que elas estabelecem um plano alimentar universal quando, na realidade, não há duas pessoas com o mesmo corpo, estilo de vida ou necessidades. Nossos níveis de energia e fome variam de dia para dia, dependendo de uma lista interminável de fatores.

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A fome varia Além das coisas óbvias, como nossos níveis de atividade, é natural sentir um aumento da fome durante certas fases do ciclo menstrual ou comer mais durante o inverno do que no verão. A alimentação intuitiva aceita e respeita que nossa fome varia de dia para dia e que nosso corpo sabe melhor do que precisamos.

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O conceito A ideia básica é que você coma quando estiver com fome e pare quando estiver satisfeito. Isso deve ser intuitivo, mas para muitas pessoas, não é. Somos cercados por uma cultura alimentar desde tão jovens que aprendemos a não confiar em nossos corpos. Isso significa que temos que reaprender a ouvir nossa fome.

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Perceber as suas necessidades Uma das principais habilidades que acompanham a alimentação intuitiva é identificar a fome física e a fome emocional. Se você tentar praticar a alimentação intuitiva sem levar isso em consideração, poderá acabar tomando meio litro de sorvete e uma garrafa de vinho tinto todas as noites.

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Fome real

A fome física é um sinal biológico que nos diz que estamos com falta de combustível ou nutrientes e precisamos recarregar. É expresso por meio de fadiga, estômago roncando e irritabilidade, que deve desaparecer assim que você comer.

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"Fome emocional"

A fome emocional é motivada por uma necessidade emocional e não física. Sentimentos de tristeza, solidão ou tédio podem levar ao desejo de comer como método de conforto ou distração. Muitas vezes leva a sentimentos de culpa.

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Reconectar-se com o seu corpo

A alimentação intuitiva pode ser benéfica para qualquer pessoa que a experimente, mas é particularmente útil para aqueles que já sofreram de distúrbios alimentares, têm um histórico de dieta ou uma imagem corporal negativa. Ajuda você a se conectar com seu corpo de uma forma gentil e sem julgamentos.

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Voltar ao básico

Se você pensar sobre como um bebê come, é muito simples. Eles choram e exigem comida quando estão com fome. Eles viram a cabeça e param de comer imediatamente quando estão satisfeitos. Nascemos com essa capacidade de discernir facilmente a fome e a saciedade, mas muitos de nós a perdemos ao longo do caminho.

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Perceber o impacto Ajuda começar a prestar atenção à maneira como certos alimentos ou hábitos alimentares nos fazem sentir. Você teve mais ou menos energia e se concentrou no dia em que tomou o café da manhã em vez de pular? Você se sente pesado e letárgico depois de comer carne vermelha? Este é o começo de entender o que seu corpo deseja.

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Verifique as suas emoções

Também é importante parar e analisar seus desejos por comida. Verifique como você está se sentindo para ver se o desejo é motivado por uma emoção. É normal ceder aos seus desejos às vezes, mas é importante diferenciar isso do comer emocional.

Agora, debrucemo-nos sobre os princípios-chave da alimentação intuitiva.

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1. Rejeite a mentalidade das dietas Rejeite a ideia de que existe uma dieta para você que finalmente "funcionará". A maioria das pessoas que perdem peso por meio de uma dieta restritiva acabará por recuperá-lo porque não é realista ou sustentável.

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2. Respeite a sua fome

A fome não é o inimigo, embora tenhamos sido ensinados a ver dessa forma. A fome é simplesmente a maneira do corpo de nos dizer que precisamos de algo para continuar e prosperar. Devemos ser gratos por sentir fome, porque isso significa que nossos corpos estão fazendo seu trabalho.

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2. Respeite a sua fome Quando você sentir os primeiros sinais de fome, alimente-se. Muitas pessoas têm o hábito de atrasar as refeições, mas isso pode levar a comer em excesso.

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3. Esteja atento a quando fica cheio(a) Da mesma forma que precisamos ouvir nossos corpos e comer quando estamos com fome, também precisamos reconhecer quando estamos satisfeitos. Às vezes é fácil se deixar levar pelo prazer da comida ou se distrair assistindo TV ou conversando à mesa de jantar.

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3. Esteja atento a quando fica cheio(a) Tente comer com atenção e verifique como você está comendo. Pense em como a comida tem gosto e cheiro, e como seu corpo se sente. Esses pequenos exercícios o ajudarão a ficar em contato consigo mesmo e a reconhecer quando estiver confortavelmente satisfeito.

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4. Pare de moralizar a comida

A maioria de nós desenvolveu um vocabulário em torno da comida que é quase bíblico. Tudo é bom ou ruim, saudável ou prejudicial. Categorizar os alimentos dessa maneira torna difícil desfrutar de certos alimentos e honrar nossa fome.

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4. Pare de moralizar a comida

Não há problema em sair para comer pizza com seus amigos, não há problema em comer um pouco de chocolate, se quiser. Esses alimentos não são “ruins” e você não é “ruim” para comê-los. Não precisamos chamá-los de refeições ilegais. Não estamos fazendo nada de imoral ou ruim comendo. Faça as pazes com a comida.

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5. Foque-se na satisfação Faça da alimentação uma experiência agradável. Prepare uma refeição que seja saborosa para você e reserve um tempo para se sentar e comer confortavelmente. Foque nos sabores e aproveite a experiência.

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5. Foque-se na satisfação Quando comer é uma experiência prazerosa, geralmente leva menos para satisfazer a fome. Ficar de pé no balcão da cozinha comendo as sobras de um tupperware não é uma experiência particularmente satisfatória, então você pode se pegar desejando outra coisa, mesmo que sua fome física tenha sido cuidada.

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6. Encontre mecanismos de superação Comer emocionalmente é uma estratégia que muitas pessoas usam para lidar com sentimentos difíceis. Tente prestar atenção e perceber quando você está sentindo algo semelhante à fome que é realmente causado por uma emoção.

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6. Encontre mecanismos de superação

Procure outras estratégias de enfrentamento para lidar com esses sentimentos. Dar um passeio, escrever um diário ou conversar com uma pessoa querida são ótimas maneiras de processar essas emoções sem comer.

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7. Respeite o seu corpo

Não temos todos que amar nossos corpos, mas pelo menos precisamos respeitá-los! Seja qual for a aparência do seu corpo agora, é uma criação incrivelmente inteligente e complexa que permite que você faça todos os tipos de coisas maravilhosas.

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7. Respeite o seu corpo

Desafie os pensamentos negativos que você tem sobre o seu corpo, especialmente os que se relacionam com a aparência, e lembre-se de todas as coisas boas que ele faz.

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8. Encontre formas de exercício de que goste

Algumas pessoas acham que o exercício é uma parte vital de suas vidas diárias, enquanto outras não suportam. Onde quer que você chegue nessa escala, é importante encontrar maneiras de mover seu corpo que você goste.

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8. Encontre formas de exercício de que goste

Não há necessidade de se concentrar na perda de peso ou em quaisquer metas de longo prazo que farão o movimento parecer uma tarefa árdua. Tente deixar de lado essas ideias e simplesmente desfrute de se sentir forte, energizado e vivo.

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9. Pratique uma nutrição gentil

Os alimentos que nossos corpos desejam não devem apenas ser saborosos - eles também devem nos fazer sentir bem. Todos nós desejamos pizza às vezes, o que é absolutamente bom, mas se comermos pizza todos os dias, então nossos corpos não se sentirão bem.

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9. Pratique uma nutrição gentil Contanto que você geralmente se sinta bem no dia a dia, ou seja, você não se sente lento ou sofre de indigestão, então você não precisa se preocupar com uma refeição aqui e ali. Ceder a um desejo às vezes não vai fazer ou destruir sua saúde.

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Benefícios da alimentação intuitiva

A perda de peso não é o objetivo da alimentação intuitiva, mas pode ser um efeito colateral para aqueles que frequentemente usam a alimentação emocional como um mecanismo de enfrentamento e comem em excesso. O objetivo da alimentação intuitiva é ouvir seu corpo e, ao fazer isso, é provável que comece a se sentir muito melhor!

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Melhor saúde mental Além dos níveis de energia aprimorados que acompanham a nutrição adequada, a alimentação intuitiva traz uma série de benefícios à saúde mental. Tem sido associada à melhora da imagem corporal, níveis mais baixos de depressão, maior auto-estima e melhor qualidade de vida em geral.

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Melhor saúde mental

Estudos descobriram que os benefícios físicos incluem menor índice de massa corporal (IMC), manutenção mais fácil do peso, aumento dos níveis de colesterol e pressão arterial e redução da inflamação. A alimentação intuitiva provavelmente fará você se sentir melhor, física e mentalmente. Criar uma relação mais saudável com os alimentos e nossos corpos é essencial para nós e para as gerações futuras.

Fontes: (Healthline) (Bustle) 

Veja também — Elixir da juventude: Os alimentos antienvelhecimento

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