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Em 2011, previsões da troika desenhavam país que ainda não existe

As primeiras previsões do programa de resgate, assinado há cinco anos, ficaram longe da realidade, tendo o país registado em 2015 mais défice, dívida e desemprego e menos crescimento do que se tinha antecipado em 2011.

Em 2011, previsões da troika desenhavam país que ainda não existe
Notícias ao Minuto

06:18 - 17/05/16 por Lusa

Economia Ajuda Externa

Assinado a 17 de maio e formalmente fechado em junho, o memorando de entendimento negociado pelo governo socialista de José Sócrates com a troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) previa uma economia a crescer 2,5% e com uma taxa de desemprego de 11,6% em 2014, o ano em que o resgate terminaria.

Os números apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para esse ano revelaram um défice de 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB), um desempenho orçamental que inclui a capitalização do Novo Banco e que foi três vezes superior ao inicialmente esperado pela troika para esse ano (2,3%).

A dívida pública foi de 130,2% do PIB em 2014, o valor mais alto de sempre e mais de 20 pontos percentuais acima do antecipado inicialmente (107,6%).

Além disso, as projeções internacionais feitas em 2011 estimavam que a economia portuguesa estivesse já a crescer 2,5% em 2014 e que a taxa de desemprego fosse de 11,6% da população ativa nesse ano.

No entanto, 2014 foi de facto o ano em que a economia portuguesa voltou ao crescimento, mas de apenas 0,9%. Quanto ao mercado de trabalho, depois de um pico de 16,2% no ano anterior, a taxa de desemprego recuou para os 13,9% em 2014, mantendo-se ainda nos dois dígitos.

O ano de 2015 acabou por ser também bastante diferente do que tinha sido previsto em 2011, com todos os indicadores a ficarem abaixo do desempenho antecipado quando se desenhou o Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) a Portugal.

A troika esperava que o défice fosse já de 1,9%, que a dívida pública caísse para os 105,7% do PIB, que a economia crescesse 2,2% e que a taxa de desemprego recuasse para os 10,6%.

Mas, o défice fechou o ano nos 4,4% do PIB (inflacionado pela medida de resolução aplicada ao Banif), a dívida continuou próxima dos 130%, a economia cresceu apenas 1,5% e a taxa de desemprego ficou nos 12,4%.

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