"Tempo joga contra" Vodafone voltar a olhar para o dossiê da Cabovisão
O presidente da Vodafone Portugal, Mário Vaz, afirmou hoje que o tempo das telecomunicações "joga contra" a possibilidade de a operadora voltar a olhar para o dossiê da Cabovisão.
© Global Imagens
Economia Mário Vaz
O gestor falava aos jornalistas à margem da conferência "Regulação no novo ecossistema digital", organizado pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
Questionado sobre se a Vodafone Portugal poderá voltar a olhar para a Cabovisão, que juntamente com a Oni foi vendida pelo grupo Altice (dono da PT Portugal) ao fundo Apax, Mário Vaz afastou o cenário.
"Estudámos o dossiê, há uma decisão que foi tomada, esse ativo está hoje na posse de outros" e a "nossa estratégia de crescimento continua", afirmou.
"O nosso foco de há uns anos é crescer do ponto de vista orgânico e é por isso que já temos mais de dois milhões de casas cobertas com fibra e continuaremos o nosso plano", disse.
"A Cabovisão e a Oni não estão à venda neste momento, que eu saiba, foram adquiridas há pouco tempo, embora ainda dependentes de aprovação", salientou.
Mário Vaz apontou que "o tempo em telecomunicações (...) é uma eternidade".
E por isso, "o tempo joga contra voltarmos a olhar para o tema porque quanto mais tempo demora, mais a Vodafone investe e a vantagem dos ativos associados a uma hipotética compra desse operador em concreto significa trazer mais casas e trazer mais clientes" vai diminuindo, explicou.
Relativamente ao acordo de partilha da rede fibra ótica com a PT Portugal, ainda não há decisão.
"O acordo existente prevê a partilha de 900 mil casas para uma data que terminará em novembro deste ano e também era público que neste acordo estava previsto a possibilidade de partilha futura deste acordo, se as partes assim o entendessem", disse.
"Ainda é cedo para falar, o acionista [da PT Portugal] é outro, embora os contratos vinculem as empresas, independentemente dos acionistas", mas para já "estamos a terminar a execução deste", salientou.
Este é um "tema que se colocará quando e se decidirmos alargar a nossa cobertura ou se a Altice o decidir", concluiu.
Sobre o desempenho deste ano, Mário Vaz recordou que o setor das telecomunicações "vai no seu quinto ano de quebra de valor".
No entanto, "estamos a assistir a uma estabilização e a uma melhoria desse ponto de vista", que é transversal a todo o setor.
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