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Ex-presidente da Sunviauto diz que empresa foi "muito lesada"

O ex-presidente da Sunviauto Filipe Moutinho disse hoje que a empresa saiu "muito lesada" do processo de contrapartidas dos submarinos, apontando mesmo o caso de um projeto que foi "aniquilado".

Ex-presidente da Sunviauto diz que empresa foi "muito lesada"
Notícias ao Minuto

18:35 - 27/08/14 por Lusa

Economia Submarinos

"Todos saímos lesados, somos muito lesados", disse Filipe Moutinho, ex-presidente da Sunviauto, numa audição na comissão de inquérito parlamentar à aquisição de equipamento militar.

Na comissão, Filipe Moutinho, que saiu da Sunviauto há cerca de três anos, explicou a relação da empresa com o consórcio alemão que vendeu a Portugal dois submarinos relatando que a Sunviauto estava associada à ACECIA (um grupo de empresas de componentes para a indústria automóvel).

A ACECIA, por sua vez, integrava o consórcio alemão, trabalhando desde 1999 com a Man Ferrostal em projetos de contrapartidas.

No caso da Sunviauto o projeto que estava incluído nas contrapartidas era referente a um assento automóvel híbrido, um produto inovado.

"Até fizemos o registo da patente", adiantou Filipe Moutinho, revelando que chegaram a ser estabelecidos contactos com a Recaro e a Volkswagen e foram construídos dois protótipos do assento.

Contudo, acrescentou, tudo acabou por ser "deitado a perder", o projeto foi "abortado e aniquilado".

Filipe Moutinho deixou ainda duras críticas à comissão de contrapartidas, lamentando a ausência de acompanhamento dos projetos.

"Não me lembro de ter sido visitado por alguém da comissão para fazer o acompanhamento do projeto, a PJ [Polícia Judiciária] passou mais tempo em oito anos na Sunviauto do que a comissão de contrapartidas", disse.

Filipe Moutinho foi um dos dez arguidos que foram absolvidos em fevereiro pelo Tribunal Criminal de Lisboa no âmbito do processo das contrapartidas dos submarinos, não tendo sido dada como provada a prática dos crimes de burla e falsificação de documentos.

Ainda durante a tarde a comissão parlamentar de inquérito aos Programas de Aquisição de Equipamentos Militares (EH-101, P-3 Orion, C-295, torpedos, F-16, submarinos, Pandur II) ouviu o atual secretário-geral do ministério da Defesa, Gustavo Alves Madeira.

Escudando-se no facto de apenas ter iniciado funções em janeiro de 2012, Gustavo Alves Madeira só falou de situações ocorridas a partir dessa data, tendo a maior parte das questões colocadas pelos deputados recaído sobre o local onde estão guardados os contratos de aquisição de equipamento militar.

Assegurando que a documentação não está na direção-geral do ministério da Defesa, Gustavo Alves Madeira disse que "em tese" estarão na direção-geral de armamento.

O secretário-geral do ministério da Defesa referiu ainda não ter conhecimento de documentos "desaparecidos".

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