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FMI prevê aumento continuado do peso da dívida pública nos EUA e China

As duas principais economias do mundo, os Estados Unidos e a China, irão continuar a aumentar progressivamente o nível de endividamento público até 2027, de acordo com o relatório divulgado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

FMI prevê aumento continuado do peso da dívida pública nos EUA e China
Notícias ao Minuto

14:43 - 12/10/22 por Lusa

Economia FMI

No relatório "Monitor Orçamental", o FMI estima que, este ano, a principal economia do mundo terá atingido, e superado, o nível de endividamento que registou durante 2020, no pior momento da pandemia de covid-19, quando subiu para 134,5% do PIB Interno Bruto (PIB).

Até 2027, de acordo com a instituição, a dívida pública dos EUA terá subido para 134,9% do PIB, após recuar para 122,1% em 2022, e aumentando progressivamente durante 2023 (122,9%), 2024 (126%), 2025 (129,4%) e 2026 (132,2%).

No caso da China, prevê que a dívida pública terá atingido 102,8% do PIB até 2027, quase 35 pontos percentuais a mais que os 68,1% registados em 2020.

No caso dos Estados Unidos, o FMI espera que o défice orçamental aumente nos próximos anos, mas sem ultrapassar os níveis de 2020 e 2021.

A instituição calcula que, até ao final de 2022, o défice da maior economia do mundo será de 4%, um nível semelhante aos registados antes da pandemia.

O rácio continuará a aumentar, no entanto, e poderá atingir 7,4% do PIB em 2025, antes de moderar para 7,1% em 2027.

A China, por outro lado, irá reduzir ligeiramente o défice, que irá continuar estável em torno de 7,1% até 2027, após atingir 8,9% em 2022.

O FMI alertou ainda que o aumento dos preços de alimentos e energia representa um risco social para os governos, mas tentar controlar o impacto através dos cortes de impostos, subsídios ou controlo de preços pode ser muito oneroso para as finanças públicas.

"Todos os Estados se deparam com um dilema cada vez mais urgente e doloroso", admitiu à AFP o diretor do departamento de assuntos orçamentários do FMI, Vítor Gaspar.

"Num momento de crise no custo de vida, é fundamental proteger os mais vulneráveis, sejam as famílias de menor rendimento, mas também os Estados mais pobres", acrescentou.

Num contexto de múltiplos choques desde o início do ano, os países que já aumentaram os gastos para fazer face à pandemia já não têm necessariamente margens orçamentais suficientes para fazer face à inflação e aos aumentos de preços.

De acordo com o relatório, é importante que todos os Estados sejam prudentes na implementação de políticas de apoio, para manter um nível sustentável de despesas, o objetivo principal deve ser garantir o acesso a alimentos a preços acessíveis e limitar os efeitos da inflação sobre os rendimentos mais baixos.

"Recomendamos que os Estados sejam mais generosos nos seus regimes de ajuda face aos preços dos alimentos, é uma questão de subsistência básica. No que respeita à energia, é necessário ter uma abordagem mais direcionada", disse em conferência de imprensa o vice-director do departamento, Paulo Mauro.

Os Estados podem, no entanto, decidir aumentar alguns dos seus recursos e manter outras despesas em um nível aceitável, segundo o FMI.

"Acreditamos que é importante ter um sistema tributário justo e amplo, que deve incluir a tributação dos rendimentos de rendas e lucros excessivos, mas também uma tributação mais progressiva", insistiu Vítor Gaspar.

[Notícia atualizada às 16h25]

Leia Também: Política orçamental não deve contrariar política monetária, revela o FMI

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