Antes de mais, o que é um cartão de crédito? Trata-se de uma forma de pagamento que é emitida por um banco e que disponibiliza um conjunto de serviços bancários. Além disso, tem associado um crédito com um limite - o chamado plafond -, o que permite que os seus titulares o possam usar para pagar mesmo que não tenham dinheiro na conta. 

Aqui pode estar, em muitos casos, o problema. Por isso, o Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado da DECO recomenda uma "utilização rigorosa e moderada do cartão de crédito pois facilmente possibilita um descontrolo orçamental".

Na prática, o que acontece é que o consumidor pode pagar o valor que utilizou com o cartão, em regra, entre 30 a 50 dias a partir da data da transação. Se pagar em data posterior estará sujeito ao pagamento de juros.

De acordo com a organização de defesa dos consumidores, ter um cartão de crédito pode ainda ter outros custos associados, tais como: 

• Juros, de acordo com a modalidade de reembolso acordada;
• Anuidade do cartão;
• Comissões relacionadas com o levantamento de dinheiro a crédito (cash-advance) – pagamento de um valor fixo por levantamento e uma percentagem sobre o montante levantado;
• Comissões na utilização do cartão no estrangeiro;
• Juros de mora e comissões por recuperação de valores em dívida, no caso de atraso no pagamento.

O Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado deixa ainda um conjunto de dicas que podem ser úteis para não ser vítima de fraude na utilização de um cartão bancário. Tome nota: 

• Não forneça os seus dados pessoais e senhas dos seus cartões bancários;
• No terminal de pagamento automático, seja discreto;
• Nas compras, confirme o valor cobrado;
• Não recorra a sites pouco fidedignos e que pedem os dados bancários em troca de cupões de desconto ou prémios.

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