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Países sob programa estarão “em muito boa posição” dentro de 5 a 8 anos

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, defendeu hoje, em Estrasburgo, França, que os países sob programa estarão “em muito boa posição” dentro de cinco a oito anos, se completarem as reformas, que admitiu serem dolorosas.

Países sob programa estarão “em muito boa posição” dentro de 5 a 8 anos
Notícias ao Minuto

16:17 - 15/01/14 por Lusa

Economia Klaus Regling

Os países que implementaram e ainda estão a implementar programas de ajustamento “são os campeões das reformas na Europa”, e se o processo “não for interrompido, é inevitável que leve a crescimento e emprego”, sustentou Regling, acrescentando que, pessoalmente, não tem quaisquer dúvidas de que Irlanda, Portugal, Grécia e Chipre “estarão em muito boa posição dentro de cinco, seis, sete, oito anos”.

Klaus Regling, que falava perante a comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, na terceira e última audição realizada à margem da sessão plenária desta semana em Estrasburgo no quadro da avaliação dos programas de assistência da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), defendeu de forma acérrima o trabalho desenvolvido pela ‘troika’, a qual o MEE não integra, como sublinhou repetidamente.

Defendendo de novo uma ideia que já expressara anteriormente, o diretor-executivo do MEE - e ainda responsável máximo do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), ainda operacional para terminar o financiamento dos programas de assistência a Grécia e Portugal -, reiterou a sua convicção de que os programas de ajustamento negociados por Grécia, Irlanda e Portugal com a ‘troika’ foram a única alternativa à sua saída destes países da zona euro.

“Estes países já não estariam na zona euro e a Europa seria um sítio diferente”, disse.

Sublinhando que nem o FEEF nem o MEE fazem parte da ‘troika’, e que técnicos dos fundos de resgate apenas se deslocam por vezes aos países durante as revisões para estar a par das necessidades de financiamento, não participando nas discussões sobre condicionalidade, Regling disse que não é seu papel “defender a ‘troika’”, mas admitiu que apoia “em termos gerais a sua abordagem económico”, e foi o que fez durante as cerca de duas horas de audição.

O diretor do mecanismo permanente de resgate lembrou que, quando surgiu a crise, a Europa não dispunha nem dos instrumentos necessários nem da moldura institucional para apoiar os países em dificuldades, pelo que foi necessário recorrer à inédita fórmula da ‘troika’, já que os países em causa precisavam de apoio financeira, e as duas opções eram ou a solidariedade dos seus parceiros, ou a saída do euro.

Regling enfatizou que os memorandos de entendimento foram votados pelos parlamentos nacionais e, nos casos de Irlanda e Portugal, envolvendo até nas discussões os principais partidos da oposição na altura, e atualmente no poder.

Defendendo que a ‘troika’ “apenas dá conselhos, não toma decisões políticas”, o diretor rejeitou também a ideia de que as três instituições imponham medidas, apontando como exemplo as medidas chumbadas em Portugal pelo Tribunal Constitucional e que tiveram de ser redesenhadas pelo Governo, sem que a ‘troika’ tenha tido algo a opor às novas soluções.

Por fim, em resposta a um eurodeputado, admitiu que “é verdade, não se pode só medir o sucesso pelo acesso aos mercados”, mas, enquanto diretor do MEE, apontou que a questão do financiamento é obviamente vital do seu ponto de vista, e a experiência mostra que reconquistar o acesso aos mercados “é o primeiro passo” no sucesso da implementação de um programa.

No quadro das audições levadas a cabo no quadro da avaliação ao trabalho da ‘troika’, já haviam sido ouvidos esta semana em Estrasburgo o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, e o antigo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet.

A Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu vai debater na quinta-feira uma primeira versão do relatório sobre a 'troika', sendo que a versão final irá incluir as audições feitas nesta sessão plenária do PE e os resultados das próximas visitas a Dublin e Atenas pelas delegações de eurodeputados.

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