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"O futebol em Portugal não depende de Jorge Jesus"

Fernando Seara fez um balanço da temporada do Benfica, onde abordou vários dos temas que marcaram a época.

"O futebol em Portugal não depende de Jorge Jesus"
Notícias ao Minuto

09:40 - 05/06/16 por Ruben Valente

Desporto Fernando Seara

A temporada do Benfica começou de forma algo atribulada e na Luz, por pouco, não soaram os alarmes. Na opinião de Fernando Seara, era apenas necessário “dar tempo ao tempo”, porque os jogadores tinham qualidade mas o clube, lembra, passava por “uma mudança de ciclo”.

A verdade é que a equipa ‘encarnada’ começou a entrosar-se, os resultados apareceram e as ‘águias’ acabaram por conquistar o tricampeonato. Em entrevista ao Desporto ao Minuto, o ex-autarca e conhecido comentador desportivo, deixou vários elogios ao treinador Rui Vitória, falou sobre a venda de Renato Sanches e abordou ainda as ‘picardias’ com o Sporting.

Depois de um mau início de época, alguma vez pensou que o desfecho desta temporada seria a conquista do tricampeonato?

Nos momentos de descrença, havia que acreditar. As épocas são longas e as equipas têm altos e baixos, e estávamos num ciclo de mudança estrutural. Não havia dúvidas que a equipa tinha qualidade e os jogadores que conquistaram o bicampeonato mantiveram-se no plantel, portanto, tínhamos de dar tempo ao tempo.

No final da época escreveu uma longa carta dirigida a Rui Vitória, deixando vários elogios ao treinador do Benfica. No início da época reconhecia-lhe todas essas qualidades?

Depois do jogo em Madrid, com o Atlético, vi a raça do Benfica. O Rui Vitória é um dos valores de uma nova geração de treinadores portugueses, que é reconhecida mundialmente. Para quem tenha dúvidas, o Rui Vitória é um estudioso de futebol e o livro que o técnico escreveu - ‘A arte da guerra para treinadores’ - é a prova disso.

Acha que Rui Vitória foi o principal obreiro do sucesso do Benfica?

Não, não. Ninguém ganha nada sozinho e isso é uma lição deste ano. Os títulos são resultado de uma lógica de equipa e espírito coletivo. No futebol, quem ganha sozinho é muito transitório. No futebol, temos de fazer a conjugação do eu e do tu, em nós. Foi isso que o Benfica fez com a ajuda do ‘colinho’ dos adeptos.

Rui Vitória raramente respondeu às provocações ou picardias com Jorge Jesus. O que achou da postura do técnico?

Rui Vitória soube ser reservado e assumir-se no momento certo. Tanto o Benfica, como o Rui Vitória não se devem preocupar com Jorge Jesus. Jesus faz parte do passado. O futebol em Portugal não depende de Jorge Jesus. O Benfica não pode, nem deve, alimentar esse tipo de coisas e estou certo de que não o vai fazer.

No panorama internacional, acha que o Benfica pode ambicionar ainda mais nos próximos anos?

Hoje em dia as competições europeias são fundamentais para a projeção externa de um clube. Podemos constatar, por exemplo, que Renato Sanches foi vendido ao Bayern Munique, porque teve palcos de visibilidade totais. Estar na fase de grupos da Liga dos Campeões, e ir mais longe, é estritamente necessário.

Acha que o Benfica fez bem em vender Renato Sanches ou, por outro lado, devia ter tentado segurá-lo mais um ano?

Perante estes valores, o Benfica não tinha condições de segurar o Renato Sanches. A oferta do Bayern Munique pelo Renato é bastante relevante no espaço europeu e não podia ser rejeitada.

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