POUPANÇA NO MINUTO
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"Teste da gravação dos jogos ficou na gaveta há três anos"
Marco Ferreira voltou a recorrer às redes sociais para criticar as decisões da Federação Portuguesa de Futebol. O antigo árbitro lembra que a ideia de registar imagens dos jogos já teve uma 'primeira vida', apesar de curta.
© DR
Desporto Marco Ferreira
Nas redes sociais, o árbitro Marco Ferreira, que arbitrou a final da Taça de Portugal dias antes de ser despromovido de categoria, voltou a deixar críticas ao responsáveis federativos.
O juiz de campo lembrou que a ideia este domingo posta em marcha de registar as imagens dos jogos da I e II Liga já tinha sido posta em prática, em modo de teste, e que depois de um avultado investimento foi abandonada com poucas ou nenhumas explicações.
“Muita gente não sabe, mas há três anos o Conselho de Arbitragem fez um teste 'piloto' para melhorar o sistema de classificação. Esse teste, pago pela Liga e muito bem pago, foi, rigorosamente, a medida agora anunciada pela FPF, com a gravação dos jogos da I e II Liga e um elemento, escolhido pelo CA, fazia a visualização do jogo e classificava os árbitros. Realço que era um teste e não tinha consequência nas notas dos árbitros. Informo que depois de gastar uma fortuna nesse teste 'piloto', foi decidido pelo CA metê-lo na gaveta, fazendo desaparecer todo esse trabalho”, explicou o antigo árbitro.
Posteriormente, Ferreira refere que a justificação dada aos juízes foi a de que as notas dadas não diferiam muito das notas após a visualização do vídeo, questionando-se depois sobre o porquê de esta ideia voltar a ser posta em prática.
“Justificaram aos árbitros que, no fim da época, fazendo a comparação entre a classificação real e a do teste 'piloto' não havia grandes diferenças. Qual o motivo de (re) aparecer com mais este projeto, agora pago pela FPF, como salvador do processo classificativo? Será que o presidente da FPF tem conhecimento das conclusões do teste anterior? Será que foi o senhor Ferreira Nunes, responsável pela secção de classificações, que exigiu essas gravações, após ter afirmado que tinha conhecimento que houve árbitros esta época que pediam aos clubes da II Liga para não disponibilizarem a gravação ao observador no final do jogo?!”, questiona no Facebook.
“O responsável da secção de classificações, sabendo que existia tal ilegalidade e que os observadores não tinham acesso à gravação, como podia validar essas notas e, consequentemente, elaborar uma classificação que sabiam que não ser séria nem legal? Bem hajam", remata.
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