POUPANÇA NO MINUTO
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Dragão teve de tirar a 'máscara' para evitar o pior susto
FC Porto sentiu muitas dificuldades frente ao Varzim e só com as entradas dos 'pesos pesados' é que conseguiu garantir a vitória (4-2)
© Global Imagens
Desporto Análise
Na antevisão do encontro, Sérgio Conceição tinha deixado no ar a possibilidade de fazer algumas alterações no onze, concedendo nova oportunidade a jogadores menos utilizados, mas que, segundo o técnico, dariam as mesmas garantias dos habituais titulares. A verdade é que a primeira meia hora diante do Varzim deitou por terra essa teoria. O FC Porto apresentou-se lento de processos, órfão da habitual dinâmica coletiva e com um estranho nervosismo defensivo, que permitiu ao conjunto da Segunda Liga demonstrar bem cedo que podia causar surpresa.
O golo inaugural, aos 30', por Jonathan, 'gelou' o Dragão e o treinador portista viu-se obrigado a lançar para o aquecimentos os 'pesos pesados' Óliver, Soares e Corona. Curiosamente seriam, sobretudo, estes dois últimos a entrar e a decidir a partida.
Em noite de Halloween, os azuis e brancos tiveram de deixar cair a 'máscara', recuperar a sua habitual face e encarar o adversário com a seriedade que merecia. Já depois de André Pereira ter acertado no ferro, o golo de Bazoer, em cima do intervalo, amenizou as hostes portistas e deu esperança num regresso dos balneários mais competente, capaz de evitar um verdadeiro susto.
E assim foi! Corona e Soares entraram e revolucionaram a equipa. O mexicano, de resto, deu o primeiro aviso e o segundo, aos 73', consumou a 'remontada'. O problema é que, por mais que se rejeite a crença nas 'bruxas', elas... existem. O ditado popular serve exatamente para descrever o que se passou nos dois minutos seguintes. Os campeões nacionais voltaram a abrandar e a desconcentrar-se e um erro infantil de Sérgio Oliveira deu origem ao empate, assinado por Haman.
O 'horror' da primeira parte voltava a pairar na Invicta, mas foi aí que a magia de Soares e Corona resolveu o problema. Na sequência de um bom lance de Adrián López, o brasileiro pressionou Payne e 'obrigou' o jogador poveiro a fazer autogolo, reacendendo novamente a chama do dragão. O golo trouxe confiança e o FC Porto conseguiu, finalmente, controlar a partida sem deslizes.
André Pereira ainda confirmou o triunfo portista, após uma iniciativa de génio de Corona, e os três pontos já não fugiram. Os dragões assumem agora a liderança do grupo C, com quatro pontos, mas o Varzim, 8.º classificado da Segunda Liga, deixou uma ótima imagem no reduto azul e branco. Mérito do seu treinador, um homem da 'casa': Nuno Capucho.
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