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"Deixa-me feliz ouvir as pessoas dizerem: 'Não és igual a ninguém'"

João Loy está prestes a realizar um concerto onde vai apresentar o seu novo álbum, ‘Prisão de Mim'.

"Deixa-me feliz ouvir as pessoas dizerem: 'Não és igual a ninguém'"
Notícias ao Minuto

14:30 - 25/10/19 por Marina Gonçalves

Cultura João Loy

Depois de ter revelado no início do ano que iria lançar um novo CD ainda em 2019, eis que chegam as mais recentes novidades do trabalho de João Loy.

O artista prepara-se para apresentar o novo álbum, ‘Prisão de Mim’, já no próximo dia 27 de outubro (domingo), às 18h, no Largo da Anunciada, em Lisboa. Um espetáculo que vai contar ainda com a presença de Jorge Nunes, Ivo Rodrigues, Bruno Serra e mais um convidado surpresa.

‘Prisão de Mim’ homenageia vários nomes do fado e que conta ainda com um tema original, como João Loy revelou ao Notícias ao Minuto.

Quando falamos no início do ano, contou-nos que estava a preparar um novo CD que ia homenagear “aquilo que foi importante para si no fado”. Quem são os principais nomes a quem prestou um tributo neste novo trabalho?

O nome mais homenageado é o Carlos Zel, ele é sem dúvida o meu mentor, a minha referência, a minha fonte de inspiração. Depois Amália [Rodrigues], João Ferreira, Manuel de Almeida, Teresa Tarouca, e o grande Jorge Fernando. Mas neste CD ainda cabem nomes de hoje como Aldina Duarte e Manuela de Freitas.

Os temas que compõe o álbum são apenas interpretações de músicas daqueles que foram para si os principais nomes do fado ou também há originais?

Só existe uma letra original que por acaso é minha. Quero neste trabalho homenagear o fado, quer a nível de interpretes, melodias dos fados tradicionais e da própria poesia.

Qual a interpretação que deu às músicas? Foi uma interpretação mais pessoal ou tentou não descolar-se muito dos temas originais?

Jamais me passa pela cabeça colar-me às interpretações originais, até porque não tenho nem metade do talento destes 'monstros' do fado. Depois enquanto fadista tento dar sempre a minha interpretação. Não quero ser cópia de ninguém. Aliás, posso dizer que o que me deixa mais feliz é ouvir as pessoas dizerem: "Não és igual a ninguém".

O que podemos esperar deste disco?

Alguma evolução enquanto fadista, mais alma do que nunca e a minha paixão a esta forma de vida.

O álbum foi gravado ao vivo… O que recorda dessa noite?

Uma simbiose fantástica no Fado Menor de Lisboa a abarrotar - (150) pessoas que comungavam comigo todos os fados que cantavam. Serei eternamente grato a todos pela energia durante uma hora e meia de concerto.

Sendo o fado uma paixão desde pequeno e estando habituado a ouvir este estilo musical português, que recordações que lhe vieram logo à memória na gravação deste trabalho?

A minha mãe que cantarolava o fado e a minha tia Graciete (irmã da minha mãe), que era mesmo uma grande fadista. Passei o espectáculo todo a dizer em voz baixa... Olha para mim mãe, olha o que tu arranjaste quando aos 14 anos me ofereceste um gravador com quatro cassetes de fado, agora sou eu mãe... Este CD é todo para ela e por ela.

O que nos pode revelar sobre o que vai acontecer no próximo dia 27?

Vai ser mais um concerto que tudo deixarei em palco. Alma, paixão, devoção, energia. Podem esperar também momentos maravilhosos com os meus convidados. O trompetista Ivo Rodrigues que me acompanha no fado tango, o Bruno Serra num momento único no espectáculo, o grande Jorge Nunes que vai cantar comigo os dois temas que estão no CD e que o público canta ao mesmo tempo e um convidado surpresa que fará um dueto comigo e cantará um dos seus êxitos. Este tema que vou apresentar com o convidado surpresa é o mote para o terceiro CD que já fervilha nesta cabeça inquieta. 

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