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Rocha Andrade "ou tem cuidado com o que diz ou o que diz não é verdade"

O CDS advertiu hoje o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, para ter cuidado com o que diz ou então o que diz não é verdade, referindo-se os centristas à tributação de doações já efetuadas.

Rocha Andrade "ou tem cuidado com o que diz ou o que diz não é verdade"
Notícias ao Minuto

14:23 - 12/02/16 por Lusa

Política Nuno Magalhães

"Ou secretário de Estado tem cuidado com o que diz, ou o que diz não corresponde à verdade. Não sei qual delas é a pior. Ou então está a fazer um estudo para nada", vincou o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, numa alusão a uma entrevista de Rocha Andrade ao Jornal de Negócios publicada esta semana.

"É grave e sobretudo é grave que o Governo esconda dos portugueses o que pretende fazer imediatamente a seguir ao Orçamento", continuou Magalhães, que falava aos jornalistas no parlamento, referindo ainda que o governante disse na entrevista recente que "não está a salvo" o património referente a essas matérias.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, afirmou já hoje que o imposto sucessório sobre heranças de elevado valor está em estudo pelo Governo e afastou a possibilidade de tributar doações já efetuadas.

Fernando Rocha Andrade falava aos jornalistas após o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, ter acusado em plenário o Governo de se preparar para taxar as doações, atingindo "o coração da propriedade privada".

Nuno Magalhães citou a entrevista em que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmava que taxar doações está em aberto, mas o próprio, logo a seguir, queixou-se de ter as suas declarações adulteradas: "O deputado Nuno Magalhães, não sei se por forretice ou por qualquer outra razão, divulgou uma síntese de uma entrevista que dei, contendo uma expressão que não é minha", contrapôs Rocha Andrade.

"Já sei que o secretário de Estado me chamou forreta, o que nos tempos que correm, nomeadamente tendo em conta o Orçamento que este Governo apresenta e o descontrolo dessas mesmas contas parece-me até um elogio", responderia posteriormente o líder parlamentar do CDS-PP, declarando que leu o jornal não só na sua síntese na Internet mas também na edição global em papel.

Fernando Rocha Andrade acusou depois o líder parlamentar do CDS-PP de ter cometido "um descuido com a verdade".

"O imposto sucessório, que está no programa do Governo, vai ser estudado ao longo deste ano. Vai ser estudado nos moldes em que se encontra previsto no programa do Governo, ou seja, trata-se de uma forma de tributar as heranças de grande valor", salientou.

Questionado se o imposto sucessório poderá atingir doações já feitas, Fernando Rocha Andrade reagiu: "Como é evidente não se trata de tributar as doações já feitas".

Fernando Rocha Andrade afirmou em seguida que, na mais recente entrevista que concedeu, lhe perguntaram, "tendo em conta as [aparentemente] operações já realizadas entretanto, ou a realizar, sobre os patrimónios que existem, se esses mesmos patrimónios estavam a salvo".

"Respondi que, como ignorava quer essas operações, quer os futuros contornos do imposto sucessório, não podia dizer se essas referidas operações punham ou não os patrimónios a salvo. Essa é uma questão para as consultoras analisarem depois de se conhecer o exato contorno do imposto sucessório que está em estudo", justificou o secretário dos Assuntos Fiscais.

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