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"Postura exigente" para Grécia não é tentativa derrubar Governos

O primeiro-ministro disse hoje que a "postura exigente" de Portugal para a Grécia cumprir as suas obrigações não pode "a nenhum título" ser considerada como uma tentativa de derrubar ou conspirar contra Governos.

"Postura exigente" para Grécia não é tentativa derrubar Governos
Notícias ao Minuto

14:06 - 02/03/15 por Lusa

Política Passos Coelho

"O facto de sermos exigentes, como outros governos europeus foram exigentes, quanto à necessidade de o Governo grego manifestar de forma muito clara a sua vontade de cumprir com as responsabilidades que foram contraídas pela Grécia no passado é um dever de exigência natural", afirmou o líder do executivo de maioria PSD/CDS-PP, Pedro Passos Coelho.

Por isso, sublinhou, "não pode ser considerado a nenhum título como uma tentativa de derrubar Governos ou de conspirar contra Governos ou qualquer coisa dessa natureza" e a "postura exigente de Portugal" deve-se apenas à necessidade de existir clareza quanto às obrigações que são contraídas quando se pede dinheiro emprestado ou ajuda externa.

Passos Coelho, que respondia a perguntas dos jornalistas à margem de uma visita ao SISAB, reiterou ainda a posição transmitida no fim de semana pelo seu gabinete de que o Governo português manifestou através de canais diplomáticos a sua perplexidade perante "acusações infundadas" do primeiro-ministro grego, que acusou Portugal e Espanha de terem tentado bloquear um acordo com o Eurogrupo.

"Não fiz nenhum protesto, simplesmente pelos meios diplomáticos que são adequados fiz saber um pouco a minha perplexidade sobre as declarações que tinham sido proferidas junto do gabinete do presidente do Conselho Europeu (...) e ao gabinete do presidente da Comissão Europeia", referiu, assegurando que "não foi mais do que isso".

Recusando entrar em "pingue-pongue com o primeiro-ministro grego", Passos Coelho reafirmou ainda que Portugal "cooperou de uma forma muito construtiva" juntamente com todos os outros governo europeus da Zona Euro para que fosse possível chegar a um entendimento sobre os termos em que o Governo grego poderia solicitar ao Eurogrupo um prolongamento do programa de assistência e do programa que tem como base o empréstimo que foi garantido à Grécia a partir de 2012.

No sábado, numa reunião do comité central do seu partido, Syriza, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou que, no Eurogrupo, a Grécia se deparou "com um eixo de poderes, liderado pelos governos de Espanha e de Portugal que, por motivos políticos óbvios, tentou levar a Grécia para o abismo durante todas as negociações".

"O seu plano era e é desgastar-nos, derrubar o nosso Governo e levá-lo a uma rendição incondicional antes que o nosso trabalho comece a dar frutos e antes que o exemplo da Grécia afete outros países, principalmente antes das eleições em Espanha", previstas para o final deste ano, acrescentou, citado pela agência espanhola Europa Press.

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