POUPANÇA NO MINUTO
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Costa "cá dentro diz que o país está pior, lá fora que está melhor"
Na SIC, Marques Mendes comentou este sábado a atualidade política. O comentador considerou que António Costa esteve mal nos seus comentários sobre o estado do país pois passou imagem de pouca credibilidade.
© Global Imagens
Política Marques Mendes
O social-democrata Marques Mendes comentou, esta noite, na SIC, a atualidade política nacional para comentar o discurso de António Costa perante estrangeiros, dizendo que o líder socialista falhou redondamente, não pelo discurso que deu, mas pelas explicações que deram impressão que tem dois discursos e que um deles é mentira.
“Um político que fala para estrangeiros deve um tipo de discurso ou linguagem diferente. O problema é que António Costa não usou uma linguagem ou discurso diferentes, mas um discordo contrário ao que usa cá dentro. No país diz que o país está pior do que há quatro anos. Lá fora diz que está melhor. Acho que isto é um tiro no pé”, explicou num primeiro ponto o comentador da SIC.
Porém, Mendes considera que o que fica na cabeça das pessoas é que Costa adotou uma posição “calculista” e que “diz aquilo que o auditório quer ouvir”. Para o antigo líder ‘laranja’ “isto não é credível para um político”.
“Pior do que o discurso feito, foi a explicação. Faz um discurso para uns e outro discurso para outros. Então as pessoas perguntam-se? Qual é o discurso que é verdadeiro. Se uma parte é verdade e a contrária é mentira, falta saber a quem falou verdade e a quem está a mentir”, concluiu.
Depois, servindo-se deste tema como ponto de partida, Marques Mendes afirmou que “em Portugal se criou a ideia de que estar na oposição implica estar sempre a dizer mal do Governo”, mas que não concorda com esta visão, pelo que até percebe o discurso de Costa, apesar de considerar que pode ser prejudicial para o líder ‘rosa’, “não tanto pelos problemas internos, mas por algum descrédito externo”.
Por fim, comentando as recentes sondagens que dão percentagens próximas entre coligação –PSD/CDS – e PS, Marques Mendes disse que estas foram uma “surpresa inesperada”, que pode trazer, sobretudo, problemas ao Presidente da República. “Isto pode significar que ninguém tem maioria e, portanto, formar governo pode ser uma dor de cabeça. Para a coligação é um estímulo inesperado. Para o PS é um balde de água fria”, concluiu.
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